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Escolas do Rio ganham recurso extra contra evasão de alunos

O dinheiro vem do Programa Dinheiro Direto na Escola, do Ministério da Educação

Enem 2018: O exame segue no dia 11 de novembro (Thinkstock/Thinkstock)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 19h02.

Escolas das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro receberão uma verba extra para fazer pequenos reparos, comprar equipamentos e contratar monitores de português, matemática e para atividades lúdicas a serem oferecidas no contraturno e aos sábados.

O dinheiro vem do Programa Dinheiro Direto na Escola, do Ministério da Educação, e integra o Programa Emergencial de Ações Sociais para o estado, criado em novembro pelo governo federal. A cerimônia de assinatura da liberação dos recursos ocorreu hoje (29) no Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em cerimônia presidida pelo governador Luiz Fernando Pezão.

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A verba, que será liberada na segunda quinzena de janeiro, varia de acordo com a quantidade de alunos da escola, e vai de R$ 16 mil a R$ 91 mil, somando R$ 27,6 milhões. Serão beneficiadas 445 escolas estaduais, de 28 municípios, além de 340 da rede municipal da capital. De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, os recursos serão administrados pelos diretores das unidades, escolhidas segundo critérios técnicos como número de alunos e necessidades da escola.

"São necessidades em termos de pequenos investimentos, tipo uma pintura, muro, parte elétrica danificada. E outra parte é para custear atividades que estendem a carga horária da escola. Dessa forma, a gente combate a evasão escolar, até porque ataca duas causas da evasão: se a gente tem uma escola mais agradável, que acolha melhor os alunos, evidentemente será um ambiente mais atrativo como um todo. De outro modo, atividades que se estendem além das atividades regulares de uma escola são muito importantes para que a gente possa reter o aluno dentro da sala de aula e da escola", disse o ministro.

De acordo com o secretário de estado de Educação, Wagner Victer, o objetivo é oferecer melhorias nas escolas e atividades extras para que os alunos não abandonem os estudos. "Foram seis meses para escolher as escolas, em função da necessidade de reduzir o processo de evasão. A rede tem 1.249 [unidades], então essas 445 contempladas é um número elevado".

Artes e esportes

Segundo Victer, além de matemática e português, serão contratados monitores para atividades artísticas e esportivas, como taekwondo, judô, dança, teatro, "quem sabe até uma dança do passinho". De acordo com ele, os monitores de matemática serão escolhidos prioritariamente entre alunos da rede que foram premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas [Obmep]. "Foram 600 garotos premiados com medalha de ouro, prata, bronze ou menção honrosa. É uma forma de aproximar um aluno de outro aluno que é referência na matéria".

As atividades lúdicas para cada escola estão em fase de planejamento e os monitores contratados receberão uma bolsa. "Tem o valor estabelecido, normalmente paga ao monitor R$ 130 mais os gastos de transporte e alimentação, mas ainda vai ser definido pelo MEC. Mas é uma oportunidade de um estudante, por exemplo, que esteja fazendo licenciatura em português, estar exercendo como treinamento a sua disciplina, um aluno trabalhando como monitor", explica o secretário.

Também participou da cerimônia de assinatura da liberação dos recursos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

 

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