Entre os bastidores e os holofotes
O dia em que o Brasil comemora 194 de independência do Brasil é um teste de fogo para Michel Temer. No primeiro dia como presidente em solo brasileiro, ele tem uma agenda cheia. Às 9h, Temer abre o desfile de sete de setembro. Será a primeira vez em público com a faixa presidencial, mas não […]
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2016 às 07h41.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h42.
O dia em que o Brasil comemora 194 de independência do Brasil é um teste de fogo para Michel Temer. No primeiro dia como presidente em solo brasileiro, ele tem uma agenda cheia.
Às 9h, Temer abre o desfile de sete de setembro. Será a primeira vez em público com a faixa presidencial, mas não fará desfile em carro aberto, pela primeira vez desde a redemocratização do país. Pelo menos dois grupos articulam manifestações na Esplanada dos Ministérios, que deve ter a segurança reforçada por 4.000 homens. O presidente tentará usar a data para demonstrar força política. Primeiro, quer mostrar proximidade com os militares, um dos poucos setores do país que terão o orçamento aumentado em 2017 e que pode ficar de fora da polêmica reforma da Previdência.
Ainda em Brasília, Temer recebe António Costa, primeiro-ministro de Portugal, para comemorar a data, mas também para tratar de negócios. É a primeira visita de um chefe de Estado estrangeiro ao novo governo. A visita levantou críticas na esquerda portuguesa que afirmou, em nota, que “Temer está no centro de várias suspeitas, investigações e casos de corrupção”. O encontro deve servir para estreitar as relações comerciais com o Brasil. Portugal é só o 40º destino de exportações do Brasil e o 38º maior provedor de importações.
Temer também fará um pronunciamento em rede nacional de Rádio e TV e estará presente na abertura das Paralimpíadas onde prometeu discursar, depois de ter se escondido nos Jogos Olímpicos. Este 7 de setembro tem tudo para ser um típico dia de Temer – ele até vai aparecer, mas o que vai importar mesmo serão as costuras de bastidores. Quanto mais cedo ele passar das articulações à prática, melhor para o Brasil