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Entrada de capital estrangeiro pode acelerar inflação, diz BC

"A entrada de capital estrangeiro tem o potencial de desfazer o que fez o Banco Central" resumiu Alexandre Tombini

Alexandre Tombini , predidente do BC, defendeu uma uma política monetária autônoma (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 17h12.

Washington - A crescente entrada de capital estrangeiro no Brasil pode acelerar a inflação no país, imerso "em um ciclo de aperto monetário", indicou nesta sexta-feira em Washington o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

"Desde a perspectiva da política monetária, a entrada de capital estrangeiro tem o potencial de desfazer o que fez o Banco Central", disse Tombini em uma conferência sobre a economia latino-americana no centro de estudos Brookings Institution.

Estabelecer "uma política monetária autônoma" é a chave para enfrentar a possibilidade que esses influxos de capital "ponham em perigo a estabilidade financeira" nos próximos meses.

Para enfrentar a inflação, o Banco Central, dirigido por Tombini desde janeiro, aumentou já duas vezes este ano as taxas de juros, e espera-se que volte a fazê-lo após sua próxima reunião, no dia 20 de abril.

"Estamos imersos em um ciclo de aperto monetário", ressaltou Tombini.

"Ainda estamos enfrentando o problema da emergência da inflação em um mundo que cresce a velocidades diferentes, que produziram um nível sem precedentes de liquidez global, devido em sua maioria às políticas de economias avançadas", acrescentou.

O titular do BC se referia à recuperação econômica de duas velocidades assinalada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em seus encontros conjuntos com o Banco Mundial (BM), realizados nesta semana em Washington.

Essas duas velocidades estão lideradas, por um lado, pelo Brasil, que registrou uma taxa de crescimento de 6,5 % durante 2010, e por outro, pelo México, que, da mesma forma que a América Central, ainda não conseguiu reverter as perdas ocasionadas durante os picos da crise.

A taxa de inflação anualizada no Brasil se situou em março em 6,30%, continuando uma alta do real que Tombini atribui, em parte, à alta das taxas de juros que atrai novos investimentos estrangeiros, o que volta a aumentar o valor da moeda.

Segundo as previsões do relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais" publicadas na segunda-feira pelo FMI, Brasil desacelerará seu crescimento durante os dois próximos anos, 4,5% em 2011 e 4,1% em 2012.

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Washington - A crescente entrada de capital estrangeiro no Brasil pode acelerar a inflação no país, imerso "em um ciclo de aperto monetário", indicou nesta sexta-feira em Washington o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

"Desde a perspectiva da política monetária, a entrada de capital estrangeiro tem o potencial de desfazer o que fez o Banco Central", disse Tombini em uma conferência sobre a economia latino-americana no centro de estudos Brookings Institution.

Estabelecer "uma política monetária autônoma" é a chave para enfrentar a possibilidade que esses influxos de capital "ponham em perigo a estabilidade financeira" nos próximos meses.

Para enfrentar a inflação, o Banco Central, dirigido por Tombini desde janeiro, aumentou já duas vezes este ano as taxas de juros, e espera-se que volte a fazê-lo após sua próxima reunião, no dia 20 de abril.

"Estamos imersos em um ciclo de aperto monetário", ressaltou Tombini.

"Ainda estamos enfrentando o problema da emergência da inflação em um mundo que cresce a velocidades diferentes, que produziram um nível sem precedentes de liquidez global, devido em sua maioria às políticas de economias avançadas", acrescentou.

O titular do BC se referia à recuperação econômica de duas velocidades assinalada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em seus encontros conjuntos com o Banco Mundial (BM), realizados nesta semana em Washington.

Essas duas velocidades estão lideradas, por um lado, pelo Brasil, que registrou uma taxa de crescimento de 6,5 % durante 2010, e por outro, pelo México, que, da mesma forma que a América Central, ainda não conseguiu reverter as perdas ocasionadas durante os picos da crise.

A taxa de inflação anualizada no Brasil se situou em março em 6,30%, continuando uma alta do real que Tombini atribui, em parte, à alta das taxas de juros que atrai novos investimentos estrangeiros, o que volta a aumentar o valor da moeda.

Segundo as previsões do relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais" publicadas na segunda-feira pelo FMI, Brasil desacelerará seu crescimento durante os dois próximos anos, 4,5% em 2011 e 4,1% em 2012.

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