Ensino superior cresce menos em 2012
Enquanto em 2011 o aumento em relação a 2010 chegou a 5,6%, em 2012 o porcentual foi de 4,4%
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 09h10.
São Paulo - O ensino superior teve um crescimento menor no número de matrículas no ano passado. Foi o que revelou o Censo da Educação Superior 2012, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Ministério da Educação . Enquanto em 2011 o aumento em relação a 2010 chegou a 5,6% (de 6,38 milhões para 6,7 milhões), em 2012 o porcentual foi de 4,4% - 7,03 milhões.
O número menor foi minimizado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que atrelou o fato à recente onda de fusões das universidades privadas. "Tem havido muitas fusões, grupos que adquiriam outros. Seguramente isso explica a pequena redução na expansão", justificou. Para ele, o dado que merece mais atenção é a quantidade de novos alunos. "A evolução dos ingressantes no sistema tem ocorrido numa velocidade fantástica", afirmou.
Na comparação dos dois últimos anos, a quantidade de ingressantes no ensino superior aumentou 17,1% - passou de 2,35 milhões para 2,75 milhões. Em 2002, o número de novos estudantes era 91,9% menor, em torno de 1,43 milhões.
Outro dado que chama a atenção diz respeito ao ensino noturno. A evolução histórica mostra que a quantidade de matrículas em cursos no período da noite mais que dobrou de 2002 para 2012. No início da década, o número de alunos matriculados em cursos diurnos era praticamente igual ao que optavam pelo noturno. Hoje, a quantidade de matrículas à noite é quase o dobro das feitas pela manhã.
Para o ministro, essa mudança de cenário se deve ao desemprego no País, que atingiu a menor taxa da história no primeiro semestre deste ano, com uma média de 5,7%. "O mercado de trabalho está muito aquecido, a taxa de desemprego baixa e muitos trabalhadores também estudam." Mercadante afirmou que a ampliação da educação superior tem sido impulsionada especialmente pelas universidades públicas, cujo aumento no número de matrículas foi de 7% de 2011 para 2012.
Esse porcentual cai pela metade quando se trata das instituições particulares. Em 10 anos, a rede pública cresceu 74%, embora ainda seja responsável pela menor parte da demanda - as particulares concentram 73% do total de alunos. "Antes, tínhamos a ausência de políticas públicas que induzissem o setor privado e não havia a expansão do setor público, estagnado durante muito tempo."
Os dados mostram que a maioria dos cursos diurnos está nas universidades públicas, enquanto as privadas concentram os noturnos. O ministro destacou, contudo, a necessidade de "ocupar a capacidade ociosa" na rede, o que tem sido feito com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que usa a capacidade de algumas universidades privadas nos períodos matutino e vespertino.
Corpo docente
A rede pública de ensino superior concentra maior parte de professores com doutorado - nelas, 51,4% dos docentes têm a pós-graduação. Nas particulares o porcentual é de 17,8% do total. Os profissionais com mestrado correspondem a 30% do corpo docente da rede pública e 45% da privada. Mercadante avaliou a necessidade de ampliar a qualificação dos professores e também de estender o turno de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O ensino superior teve um crescimento menor no número de matrículas no ano passado. Foi o que revelou o Censo da Educação Superior 2012, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Ministério da Educação . Enquanto em 2011 o aumento em relação a 2010 chegou a 5,6% (de 6,38 milhões para 6,7 milhões), em 2012 o porcentual foi de 4,4% - 7,03 milhões.
O número menor foi minimizado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que atrelou o fato à recente onda de fusões das universidades privadas. "Tem havido muitas fusões, grupos que adquiriam outros. Seguramente isso explica a pequena redução na expansão", justificou. Para ele, o dado que merece mais atenção é a quantidade de novos alunos. "A evolução dos ingressantes no sistema tem ocorrido numa velocidade fantástica", afirmou.
Na comparação dos dois últimos anos, a quantidade de ingressantes no ensino superior aumentou 17,1% - passou de 2,35 milhões para 2,75 milhões. Em 2002, o número de novos estudantes era 91,9% menor, em torno de 1,43 milhões.
Outro dado que chama a atenção diz respeito ao ensino noturno. A evolução histórica mostra que a quantidade de matrículas em cursos no período da noite mais que dobrou de 2002 para 2012. No início da década, o número de alunos matriculados em cursos diurnos era praticamente igual ao que optavam pelo noturno. Hoje, a quantidade de matrículas à noite é quase o dobro das feitas pela manhã.
Para o ministro, essa mudança de cenário se deve ao desemprego no País, que atingiu a menor taxa da história no primeiro semestre deste ano, com uma média de 5,7%. "O mercado de trabalho está muito aquecido, a taxa de desemprego baixa e muitos trabalhadores também estudam." Mercadante afirmou que a ampliação da educação superior tem sido impulsionada especialmente pelas universidades públicas, cujo aumento no número de matrículas foi de 7% de 2011 para 2012.
Esse porcentual cai pela metade quando se trata das instituições particulares. Em 10 anos, a rede pública cresceu 74%, embora ainda seja responsável pela menor parte da demanda - as particulares concentram 73% do total de alunos. "Antes, tínhamos a ausência de políticas públicas que induzissem o setor privado e não havia a expansão do setor público, estagnado durante muito tempo."
Os dados mostram que a maioria dos cursos diurnos está nas universidades públicas, enquanto as privadas concentram os noturnos. O ministro destacou, contudo, a necessidade de "ocupar a capacidade ociosa" na rede, o que tem sido feito com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que usa a capacidade de algumas universidades privadas nos períodos matutino e vespertino.
Corpo docente
A rede pública de ensino superior concentra maior parte de professores com doutorado - nelas, 51,4% dos docentes têm a pós-graduação. Nas particulares o porcentual é de 17,8% do total. Os profissionais com mestrado correspondem a 30% do corpo docente da rede pública e 45% da privada. Mercadante avaliou a necessidade de ampliar a qualificação dos professores e também de estender o turno de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.