Enem 2021: alunos devem se inscrever até o dia 14 de julho (Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 1 de julho de 2021 às 06h00.
Última atualização em 14 de julho de 2021 às 14h49.
As inscrições para a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terminam nesta quarta-feira, 14 de julho. O prazo começou no dia 30 de junho, e a prova está inicialmente marcada para novembro.
O Enem é considerado o principal vestibular do país, com cerca de 5 milhões de estudantes fazendo a prova anualmente. A pontuação dá acesso a programas como o Sisu, para ingresso universidades públicas, e o Prouni, para bolsas de até 100% em universidades privadas.
A prova é organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Veja abaixo como se inscrever e as principais datas.
As inscrições para a edição deste ano do Enem vão até 14 de julho, com duração de duas semanas.
No ano passado, as inscrições chegaram a ser prorrogadas por sete dias diante da indefinição sobre a prova em meio à pandemia do coronavírus. Por ora, o Inep não anunciou nenhuma prorrogação no prazo deste ano.
As inscrições devem ser feitas online por um site criado pelo Inep (clique aqui para se inscrever).
Na página, é preciso clicar em "inscrição", onde serão requisitadas informações do candidato, formas de contato e dados socioeconômicos.
Lembretes importantes:
Após dúvidas sobre a realização da prova neste ano, até o momento, o exame está marcado para os dias 21 e 28 de novembro. O Enem será realizado em dois fins de semana distintos.
Neste ano, haverá novamente uma versão digital da prova, feita no computador, mas que será aplicada no mesmo dia da prova impressa, ao contrário do que ocorreu no ano passado.
O Enem tem quatro provas objetivas de 45 questões cada, além da redação. Cada prova vale 1.000 pontos. As questões contêm somente alternativas, e não há perguntas dissertativas.
Temas do 1º dia
Temas do 2º dia
O modelo da prova mudou desde 2009, quando passou a ter o formato atual.
O Enem nasceu em 1998 para avaliar os conhecimentos do Ensino Médio, mas foi ampliado nos anos 2000 para se tornar uma porta de ingresso ao Ensino Superior.
Atualmente, além da possibilidade de obter um certificado de conclusão do Ensino Médio, a pontuação do Enem dá acesso a programas em universidades públicas e particulares. Estão entre os principais sistemas que usam o Enem:
Nos últimos anos, as três universidades estaduais paulistas — USP, Unesp e Unicamp — passaram a destinar parte de suas vagas ao Sisu.
Assim, alunos inscritos no Sisu podem pleitear as vagas oferecidas por essas universidades a depender de sua pontuação no Enem. Também via Sisu, as universidades oferecem um sistema de cotas para alunos PPI (pretos, pardos e indígenas) e que cursaram Ensino médio em escolas públicas.
Além do Sisu, as três universidades estaduais paulistas possuem, ainda, um exame vestibular próprio, realizado por fundações específicas: a Fuvest (USP), Vunesp (Unesp) e a Comvest (Unicamp). Esses exames são marcados separadamente e em dias definidos pelas próprias fundações, feitos de forma independente do Enem.
Um aluno que tenham realizado o Enem pode, separadamente, fazer as provas específicas para as universidades estaduais, obtendo assim diferentes chances de aprovação.
Para a edição atual, o governo federal afirmou o Enem correu o risco de não ser realizado por falta de verba. Por essa indefinição, e pelo atraso na prova do ano passado, as inscrições, que tradicionalmente ocorrem em maio, foram abertas mais tarde neste ano.
Há ainda discussões sobre a autonomia do Inep, autarquia do governo federal que organiza a elaboração da prova. Questões de anos anteriores foram alvo de crítica do presidente Jair Bolsonaro e de membros do governo.
Em entrevista neste ano, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que desejava ter acesso prévio à prova elaborada pelo Inep para, segundo ele, evitar questões “ideológicas”. Dias depois, voltou atrás e disse que não teria acesso ao conteúdo.
No ano passado, devido à pandemia do novo coronavírus, a realização da prova foi cercada de problemas. Na edição 2020, o Enem, inicialmente marcado para novembro, foi adiado e só realizado em janeiro e fevereiro deste ano.
Houve ainda casos de estudantes que ficaram para fora das salas e não puderam realizar a prova, em meio à falta de capacidade dos locais em cumprir as regras de distanciamento.
Estudantes que passaram por essa situação ou que não puderam fazer a prova por terem sido diagnosticados com coronavírus tiveram uma data de reaplicação do exame.
O número de alunos que não fez a prova também foi recorde: a abstenção superou 50% em um dos dias de aplicação, com mais de 2 milhões de estudantes faltando ao exame, um dado considerado preocupante por especialistas.