Marina Silva e Aécio Neves: "este é o momento mais importante da minha campanha", disse Aécio (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 15h47.
São Paulo - O candidato à presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, recebeu pessoalmente nesta sexta-feira o apoio da ex-senadora Marina Silva, terceira colocada no primeiro turno das eleições presidenciais, o que qualificou como um "momento histórico" para conseguir "uma mudança qualificada" no país.
Em um comício realizado em São Paulo, Aécio comparou o apoio de Marina com o movimento que comandou a transição à democracia, depois do fim da ditadura que governou o país entre 1964 e 1985.
"Este é o momento mais importante da minha campanha. Deixo de ser candidato de um partido para ser representante de um grande movimento de transformação, de valores, prioridades e posturas", disse Aécio em pronunciamento diante de dirigentes políticos e a imprensa em São Paulo.
Marina afirmou que decidiu apoiar Aécio no segundo turno depois que o candidato opositor se comprometeu com vários assuntos de sua agenda política, como manter "o compromisso com a macroeconomia e as políticas sociais".
Tanto ela como o candidato tucano criticaram o que chamaram de "ataques" por parte da campanha de Dilma.
A nova aliança, apontou Aécio, "é uma oportunidade porque está em jogo a libertação" do ciclo de governo do PT.
O senador destacou a "generosidade" de Marina, ex-ministra do Meio Ambiente no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a ela "não fez exigências em troca do apoio para o segundo turno".
Marina elogiou Aécio por ter se comprometido em carta pública a aceitar as "propostas programáticas" exibidas por ela durante a campanha.
O compromisso de Aécio foi comparado por Marina com a "Carta ao Povo Brasileiro" assinada em 2002 por Lula na campanha que o levou ao governo.
A ex-senadora detalhou que Aécio se comprometeu a "manter, melhorar e institucionalizar as conquistas sociais", entre elas o programa Bolsa Família. De acordo com ela, as políticas sociais não devem ser vistas como "favores ou dádivas".