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Encerramento da Paralimpíada exaltará paz e união

Último ato dos Jogos do Rio, a cerimônia de encerramento, neste domingo no Maracanã, será um show-celebração, com artistas de diferentes partes do País


	Paralimpíada: No lugar das encenações da festa de abertura, o encerramento terá shows de Ivete Sangalo, Gaby Amarantos, Vanessa da Mata, Céu e Nação Zumbi
 (Reuters)

Paralimpíada: No lugar das encenações da festa de abertura, o encerramento terá shows de Ivete Sangalo, Gaby Amarantos, Vanessa da Mata, Céu e Nação Zumbi (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2016 às 10h09.

Rio - Último ato dos Jogos do Rio, a cerimônia de encerramento da Paralimpíada, neste domingo no Maracanã, será um show-celebração, com artistas de diferentes partes do País. No lugar das encenações que marcaram a abertura e a conclusão da Olimpíada e a festa que iniciou a Paralimpíada, entrarão números musicais de artistas como a baiana Ivete Sangalo, Gaby Amarantos, "representante" do Pará, a mato-grossense Vanessa da Mata, a paulista Céu e o grupo pernambucano Nação Zumbi.

A exaltação da paz e da convivência harmoniosa com a diversidade serão duas das tônicas do espetáculo. "O encerramento é muito mais relaxado, sem tanta pressão. É uma grande festa, em que vamos celebrar a aceitação da diferença. Os Jogos trouxeram essa bandeira. É um momento especial, de paz entre os países", disse o produtor executivo Flávio Machado.

No repertório de Ivete estará "A paz", canção de Gilberto Gil e João Donato, e ela cantará ainda seus hits "Sorte Grande" (Lourenço) e "Tempo de Alegria" (Gigi/Magno Sant’anna/Filipe Escandurras) e mais duas músicas - diferentemente do que aconteceu nas outras cerimônias, os artistas terão apresentações mais longas. O baiano Saulo Fernandes interpretará "One love", de Bob Marley e Peter Tosh, cuja letra contém outra mensagem de união e paz.

"O Rio é a cidade da festa, e vamos trazer isso para a cerimônia. Por um lado, o encerramento tem tom triste, por ser o fim de todo o ciclo olímpico e paralímpico, mas faremos isso de forma alegre. É uma homenagem aos atletas, voluntários, funcionários, público", contou o designer Fábio Arruda, diretor artístico da cerimônia.

A previsão é de que a festa, que será transmitida pela TV Brasil e pelo canal a cabo SporTV, seja mais curta do que as anteriores. Começará às 20 horas e deverá ser finalizada por volta das 22h30. Isso porque os atletas já estarão instalados no centro do gramado do Maracanã, que será coberto, diante do palco montado para os shows. Esta é uma tradição dos encerramentos paralímpicos que será mantida.

Outra é a participação de um grupo de artistas da próxima sede, o Japão, que terá entre oito e dez minutos para se apresentar, convidando o público para os próximos Jogos, em 2020, a entrega da bandeira paralímpica ao país e o agradecimento aos voluntários.

Integram o elenco o grupo de dança carioca Dream Team do Passinho e o funkeiro Nego do Borel. Vão participar também artistas e esportistas que não se deixam limitar pela deficiência. Como o grupo percussivo Batuqueiros do Silêncio, formado por jovens com surdez total ou parcial, do Recife e sua região metropolitana, e o multi-instrumentista Johnathan Bastos, que não tem os braços e vai participar de um "duelo" com os guitarristas Andreas Kisser (Sepultura) e Armandinho Macedo. Bastos toca com os dedos dos pés, mostrando uma destreza rara. O Hino Nacional será cantado pelo tenor Saulo Laucas, cego e autista.

Depois da animada abertura dos Jogos, cheia de surpresas e momentos tocantes, o interesse pelo encerramento - assim como aconteceu com as competições paralímpicas - vem se provando grande: dos 45 mil ingressos postos à venda, 43 mil já haviam sido vendidos até a última sexta-feira. As entradas custam entre R$ 100 e R$ 1.000.

"As três cerimônias foram muito diferentes uma das outras e essa também será. São incomparáveis, e todas deram autoestima aos brasileiros", avaliou o produtor italiano associado Andrea Varnier. "Acho que com elas enterramos nosso complexo de vira-latas. Antes da Olimpíada, havia um sentimento de autoflagelo, que foi revertido e impactou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos", afirmou Flávio Machado.

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