Brasil

Empresas citadas por Costa negam participação em esquema

Odebrecht e Camargo Corrêa negaram envolvimento no esquema em que parte do valor de contratos firmados com a Petrobras era repassada para partidos


	Paulo Roberto Costa: segundo o ex-diretor, empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados ao PP, PT e PMDB
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Paulo Roberto Costa: segundo o ex-diretor, empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados ao PP, PT e PMDB (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 23h33.

Brasília - As empresas Odebrecht e Camargo Corrêa negaram hoje (9) envolvimento no esquema em que parte do valor de contratos firmados com a Petrobras era repassada para partidos políticos.

Elas foram citadas, juntas com outras empresas, no depoimento do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, feito ontem (8) à Justiça Federal. Segundo o ex-diretor, empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados ao PP, PT e PMDB. 

Em nota, o PT repudiou “com veemência e indignação” as declarações “caluniosas” do ex-diretor. Já o PP informou desconhecer as denúncias. O PMDB, por sua vez, não comentou as acusações alegando que não teve acesso ao depoimento.

"A Odebrecht nega veementemente as alegações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras e em especial ter feito qualquer pagamento a qualquer executivo ou ex-executivo da estatal.

A Odebrecht mantém, há décadas, contratos de prestação de serviços com a Petrobras, todos conquistados de acordo com a lei de licitações públicas”, disse a empresa, em nota.

A Camargo Corrêa, também em nota, diz não ter feito qualquer pagamento a Youssef. “Em relação aos referidos depoimentos, o CNCC [Consórcio Camargo Corrêa] repudia as acusações sem prova contra o consórcio e seus executivos.

O contrato em questão foi conquistado em licitação de menor preço. O Consórcio CNCC reafirma ainda que não realizou nenhum pagamento ao Sr. Alberto Yousseff, nem a quaisquer de suas empresas e não pode responder por pagamentos efetuados por terceiros”.

À Justiça, Costa disse que as empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia participavam do esquema de superfaturamento de contratos com a Petrobras e repasse de propina ao PP, PT e PMDB.

Procuradas pela reportagem, as empresas Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia não foram encontradas para comentar o depoimento de Paulo Roberto Costa.

Acompanhe tudo sobre:Camargo CorrêaConstrução civilCorrupçãoEmpresasEmpresas brasileirasEscândalosFraudesNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

Mais de Brasil

Fuad e Kassab apostam em discurso moderado e feitos da gestão para reeleição em prefeitura BH

Detentos fazem rebelião e incendeiam presídio em Franco da Rocha, na Grande SP

Artefatos indígenas retidos na França retornam ao Brasil

Convenções começam neste sábado com oficialização de candidaturas de Boulos, Paes e Fuad

Mais na Exame