Empresa de sobrinho de Lula recebeu R$ 31 mi, diz PF
A investigação mostra que na obra da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, Taiguara firmou um contrato milionário com a Odebrecht, em 2012
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2016 às 18h23.
São Paulo - A Polícia Federal informou nesta quarta-feira, 5, que em valores atualizados chega a R$ 31 milhões a propina que a Odebrecht supostamente pagou à empresa Exergia, de Taiguara Rodrigues, sobrinho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
A PF concluiu o inquérito da Operação Janus e indiciou o petista por corrupção passiva. Segundo a PF, Lula foi contemplado com o pagamento de despesas pessoais pela empreiteira. Em contrapartida, o ex-presidente teria facilitado o caminho para a Odebrecht fechar contratos na África.
A investigação mostra que na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, Taiguara firmou um contrato milionário com a Odebrecht , em 2012. O empreendimento foi financiado pelo BNDES.
Também foram indiciados no inquérito da Operação Janus o próprio Taiguara e, ainda, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht - preso na Lava Jato desde 19 de junho de 2015 - e outros sete executivos da empreiteira, estes todos por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, "as provas recolhidas ao longo dos dez meses de investigação demonstram que a empreiteira Odebrecht teria pago R$ 20 milhões à empresa Exergia, em valores atualizados o valor chegaria a R$ 31 milhões".
"Esse pagamento ocorreu sem a devida prestação dos serviços de engenharia em empreendimentos de infraestrutura financiados pelo BNDES em Angola", diz o relatório da PF.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a PF não citou o petista nominalmente, classificando-o de "um agente político".
A fase ostensiva da Operação Janus foi iniciada pela PF no dia 20 de maio. Na ocasião, os policiais cumpriram 4 mandados de busca e apreensão, 2 conduções coercitivas e 5 intimações.
Desde então a PF realizou cruzamento de dados "bem como utilizando outras técnicas de investigação, todas elas com a intenção de esclarecer a possível prática de crimes".
"Os indiciados, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro", destaca a PF.
O inquérito seguirá agora para análise do Ministério Público Federal, que vai decidir sobre apresentação de eventual denúncia à Justiça contra Lula e os outros indiciados.
São Paulo - A Polícia Federal informou nesta quarta-feira, 5, que em valores atualizados chega a R$ 31 milhões a propina que a Odebrecht supostamente pagou à empresa Exergia, de Taiguara Rodrigues, sobrinho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
A PF concluiu o inquérito da Operação Janus e indiciou o petista por corrupção passiva. Segundo a PF, Lula foi contemplado com o pagamento de despesas pessoais pela empreiteira. Em contrapartida, o ex-presidente teria facilitado o caminho para a Odebrecht fechar contratos na África.
A investigação mostra que na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, Taiguara firmou um contrato milionário com a Odebrecht , em 2012. O empreendimento foi financiado pelo BNDES.
Também foram indiciados no inquérito da Operação Janus o próprio Taiguara e, ainda, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht - preso na Lava Jato desde 19 de junho de 2015 - e outros sete executivos da empreiteira, estes todos por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, "as provas recolhidas ao longo dos dez meses de investigação demonstram que a empreiteira Odebrecht teria pago R$ 20 milhões à empresa Exergia, em valores atualizados o valor chegaria a R$ 31 milhões".
"Esse pagamento ocorreu sem a devida prestação dos serviços de engenharia em empreendimentos de infraestrutura financiados pelo BNDES em Angola", diz o relatório da PF.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a PF não citou o petista nominalmente, classificando-o de "um agente político".
A fase ostensiva da Operação Janus foi iniciada pela PF no dia 20 de maio. Na ocasião, os policiais cumpriram 4 mandados de busca e apreensão, 2 conduções coercitivas e 5 intimações.
Desde então a PF realizou cruzamento de dados "bem como utilizando outras técnicas de investigação, todas elas com a intenção de esclarecer a possível prática de crimes".
"Os indiciados, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro", destaca a PF.
O inquérito seguirá agora para análise do Ministério Público Federal, que vai decidir sobre apresentação de eventual denúncia à Justiça contra Lula e os outros indiciados.