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Em visita a Pernambuco, Dilma busca se reaproximar de Campos

Até então aliado, Eduardo Campos tem aumentado as críticas ao governo e é visto cada vez mais como um adversário na corrida presidencial em 2014

Dilma Rousseff: Na última vez que a presidente esteve em Pernambuco, Campos era aliado incondicional do governo federal e do PT no Estado, com quem rompeu na aliança para a eleição municipal em Recife, derrotando o PT. (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 19h10.

Brasília - Em viagem a Pernambuco na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se prepara para tratar de uma agenda política delicada: tentar uma reaproximação com o governador Eduardo Campos (PSB), aliado que tem aumentado as críticas ao governo e é visto cada vez mais como um adversário na corrida presidencial em 2014.

A viagem, para anunciar investimentos contra a seca, faz parte do périplo que Dilma vem fazendo pelo Nordeste, região que garantiu votação expressiva à presidente na eleição em 2010. Mas entre os dois eventos públicos, Dilma e Campos terão um almoço reservado.

A agenda de Dilma, que não vai a Pernambuco desde fevereiro de 2012, tem um viés simbólico por inaugurar um trecho de adutora que leva água do rio São Francisco a famílias do sertão pernambucano.

A seca prolongada dos últimos meses se transformou em um problema para o Estado e o governo federal. Por isso, tanto Dilma quanto Campos, responsável pela indicação do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), pasta que gerencia obras contra estiagem, fazem questão de dividir o palanque em Serra Talhada.

Na última vez que Dilma esteve no Estado, Campos era aliado incondicional do governo federal e do PT no Estado, com quem rompeu na aliança para a eleição municipal em Recife, derrotando o PT.

Por isso, a passagem da presidente serve para acalmar os ânimos do PT pernambucano, já que o governo não tem interesse em acirrar disputas com o presidente do PSB, ainda na tentativa de tê-lo como aliado de Dilma em 2014.

Meio Aliado

Enquanto cresce no governo a preocupação com a frequência das críticas públicas de Campos à política econômica ou iniciativas do Planalto que tramitam no Congresso, o governo tenta aplacar os ataques dentro do PT contra Campos, para não desfazer as chances de ainda ter o PSB como aliado em 2014.

O governador vem dando declarações de que não quer antecipar a disputa eleitoral, e chegou a responsabilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --um de seus maiores aliados nos últimos anos-- pela antecipação da campanha, ao lançar Dilma à reeleição em encontro do PT em fevereiro.

"2014 a gente discute em 2014", tem repetido o governador a jornalistas cada vez que é perguntado se é candidato ou se apoiará Dilma.

Nas últimas semanas, Campos fez críticas à política econômica, defendeu a renovação da política nacional a empresários e atacou a forma como o governo organizou a Medida Provisória que trata das novas regras de concessão de portos e a negociação sobre os royalties do petróleo.

Dilma havia planejado ir a Pernambuco antes do Carnaval, mas acabou por cancelar a visita porque machucou o pé.

Nesta semana, ela cancelou as viagens ao Ceará e à Bahia por causa da ida a Roma, onde participou da missa inaugural do papado de Francisco.

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Brasília - Em viagem a Pernambuco na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se prepara para tratar de uma agenda política delicada: tentar uma reaproximação com o governador Eduardo Campos (PSB), aliado que tem aumentado as críticas ao governo e é visto cada vez mais como um adversário na corrida presidencial em 2014.

A viagem, para anunciar investimentos contra a seca, faz parte do périplo que Dilma vem fazendo pelo Nordeste, região que garantiu votação expressiva à presidente na eleição em 2010. Mas entre os dois eventos públicos, Dilma e Campos terão um almoço reservado.

A agenda de Dilma, que não vai a Pernambuco desde fevereiro de 2012, tem um viés simbólico por inaugurar um trecho de adutora que leva água do rio São Francisco a famílias do sertão pernambucano.

A seca prolongada dos últimos meses se transformou em um problema para o Estado e o governo federal. Por isso, tanto Dilma quanto Campos, responsável pela indicação do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), pasta que gerencia obras contra estiagem, fazem questão de dividir o palanque em Serra Talhada.

Na última vez que Dilma esteve no Estado, Campos era aliado incondicional do governo federal e do PT no Estado, com quem rompeu na aliança para a eleição municipal em Recife, derrotando o PT.

Por isso, a passagem da presidente serve para acalmar os ânimos do PT pernambucano, já que o governo não tem interesse em acirrar disputas com o presidente do PSB, ainda na tentativa de tê-lo como aliado de Dilma em 2014.

Meio Aliado

Enquanto cresce no governo a preocupação com a frequência das críticas públicas de Campos à política econômica ou iniciativas do Planalto que tramitam no Congresso, o governo tenta aplacar os ataques dentro do PT contra Campos, para não desfazer as chances de ainda ter o PSB como aliado em 2014.

O governador vem dando declarações de que não quer antecipar a disputa eleitoral, e chegou a responsabilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --um de seus maiores aliados nos últimos anos-- pela antecipação da campanha, ao lançar Dilma à reeleição em encontro do PT em fevereiro.

"2014 a gente discute em 2014", tem repetido o governador a jornalistas cada vez que é perguntado se é candidato ou se apoiará Dilma.

Nas últimas semanas, Campos fez críticas à política econômica, defendeu a renovação da política nacional a empresários e atacou a forma como o governo organizou a Medida Provisória que trata das novas regras de concessão de portos e a negociação sobre os royalties do petróleo.

Dilma havia planejado ir a Pernambuco antes do Carnaval, mas acabou por cancelar a visita porque machucou o pé.

Nesta semana, ela cancelou as viagens ao Ceará e à Bahia por causa da ida a Roma, onde participou da missa inaugural do papado de Francisco.

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