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Em SP, Parque Campo de Marte será passado à iniciativa privada

Na Câmara, tramita já em segunda votação projeto de lei que autoriza a Prefeitura a conceder todos os parques municipais à iniciativa privada

O parque terá um museu aeroespacial, centro de esportes e centro cultural (Peter Louiz/Wikimedia Commons)

O parque terá um museu aeroespacial, centro de esportes e centro cultural (Peter Louiz/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de agosto de 2017 às 14h36.

São Paulo - Cerca de 300 mil m² do Campo de Marte, que a União devolverá ao município de São Paulo na segunda-feira, dia 7, e será destinada à criação de um parque municipal, também será concedida à iniciativa privada, dentro do Plano Municipal de Desestatização da gestão João Doria (PSDB). A informação foi repassada nesta sábado, 5, pelo próprio prefeito.

A cidade receberá a primeira parte dessa área em um ato que contará com o presidente Michel Temer, que veio à capital paulista para formalizar a transferência e se encontrar com Doria.

O Parque Campo de Marte será implementado em três etapas, sendo que a primeira, cujos trabalhos devem ser iniciados imediatamente, incluem a abertura de um museu aeroespacial (que receberá o acervo do antigo Museu da TAM, em São Carlos, cidade do interior do Estado).

A segunda etapa inclui um centro poliesportivo e na terceira, onde hoje ficam os hangares do aeroporto, será construído um centro cultural. "Também há uma negociação com os proprietários, que construíram os hangares que ali estão, que finalizada essa negociação teremos um grande polo cultural, com gastronomia, artes plásticas, teatro cinema, e outras manifestações culturais. Aí sim nós teremos completado o Parque Campo de Marte na sua totalidade", afirmou Doria.

O Parque Campo de Marte será o centésimo oitavo parque da cidade. Na Câmara, tramita já em segunda votação projeto de lei que autoriza a Prefeitura a conceder todos os parques municipais à iniciativa privada. Em troca da manutenção das áreas verdes, empresas privadas poderão explorar parte dos equipamentos públicos (como estacionamentos) e espaço publicitário, ficando vedada cobranças para o acesso aos parques.

Essas empresas também terão de pagar um a outorga à Prefeitura antes de assumir a administração dos parques. A expectativa é que o projeto seja aprovado ainda neste bimestre e que, ainda em 2017, as primeiras concessões possam ocorrer.

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