Trecho sul do Rodoanel, na capital paulista
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2011 às 09h01.
O início das obras do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas vai atrasar. O contrato com o vencedor da licitação para a concessão dos Trechos Leste e Sul deveria ser assinado até a próxima segunda-feira, mas o consórcio SPMar, formado por duas empresas do Grupo Bertin (Contern e Cibe), não fez o depósito da caução, de R$ 360 milhões, previsto para ontem. O prazo foi prorrogado para até 3 de março.</p>
O leilão estabeleceu que o vencedor será responsável por administrar e explorar o pedágio do Trecho Sul. Em contrapartida terá de construir a parte leste. O resultado foi anunciado em novembro e resultou em deságio de 63,3% no valor do pedágio, que ficou em R$ 2,19 no sul. A proposta foi considerada ousada e levantou dúvidas sobre a capacidade do consórcio em honrar os compromissos, especialmente após o grupo ter mostrado dificuldade em apresentar garantias em concessões no setor elétrico.
O SPMar solicitou 30 dias a mais para realizar o depósito e, consequentemente, assinar o contrato. A prorrogação está prevista na concessão e foi aceita ontem pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). A legislação, no entanto, prevê a exigência de um “motivo justificado”. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo questionou qual seria essa razão, mas a Artesp não informou. “Temos plena certeza de que o grupo vencedor cumprirá as obrigações assumidas”, informou a Secretaria dos Transportes por meio de nota.
O Grupo Bertin afirmou que a decisão de adiar o depósito e assinatura do contrato está dentro de legislação e faz parte de estratégia da companhia. “Se fosse obrigada a fazer o pagamento ontem, faria”, destacou a empresa. Apesar da prorrogação, a companhia garante que o cronograma das obras não será prejudicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.