Em sabatina, Dilma defende alianças com Collor e Sarney
A presidente foi questionada por um internauta se tinha orgulho das alianças que possui
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2014 às 14h18.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira, 12, as alianças que seu governo possui com os senadores do PMDB José Sarney (MA), Fernando Collor (AL), e Renan Calheiros (AL), além do deputado do PP de São Paulo, Paulo Maluf. Em sabatina do jornal O Globo, ela foi questionada por um internauta se tinha orgulho das alianças que possui, citando os nomes dos parlamentares, e se elas eram coerentes com a sua história e de seu partido.
Dilma, em primeiro lugar, classificou a pergunta de "enviesada" e depois de defender o ex-presidente José Sarney, respondeu com subterfúgios em relação aos demais. "As pessoas podem fazer aliança e manter sua posição", justificou Dilma, acrescentando que "não é possível querer que o presidente da República casse e tire direitos políticos das pessoas".
"Respeito o ex-presidente Sarney. Respeito bastante. Acho que ele deu uma contribuição para o País", argumentou Dilma.
Sobre o ex-presidente Fernando Collor, Dilma justificou: "a Justiça inocentou o Collor e eu não sou uma instância de condenação do Collor". Em seguida, a presidente disse que "Collor não é uma pessoa absolutamente próxima do governo" e que "ele tem sua posição lá em Alagoas, e eu respeito".
A presidente não se refere, no entanto, ao fato de ele integrar a base de apoio do governo no Congresso e ter acompanhado a presidente Dilma em viagens em seu avião presidencial, além das diversas vezes que ela o recebeu no Planalto.
Indagada ainda sobre a relação com o ex-prefeito de SP Paulo Maluf (PP-SP), que recentemente teve o seu registro da candidatura à reeleição a deputado federal negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), por causa da Lei da Ficha Limpa, a presidente esquivou-se. "Eu não tenho nenhuma grande proximidade com o deputado Maluf".
Em seguida, Dilma se defendeu dizendo que "não é possível querer que o presidente da República casse, tire direitos políticos e afaste pessoas". E emendou: "isso não é possível. Isso não é papel do presidente da República".