Eduardo Cunha: peemedebista também lamentou novamente que o "maior escândalo" de corrupção e de desvio de dinheiro público "do mundo" esteja na Petrobras (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 19h49.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 4, que não se sente atingido pelas palavras da presidente Dilma Rousseff contra ele.
O peemedebista também lamentou novamente que o "maior escândalo" de corrupção e de desvio de dinheiro público "do mundo" esteja na Petrobras, "a maior empresa do governo dela".
Durante evento hoje pela manhã, a presidente voltou a defender que as razões para o pedido de impeachment dela são "inconsistentes e improcedentes" e repetiu que não tem contas na Suíça. A fala era uma referência ao presidente da Câmara, investigado pela Procuradoria-Geral da República por ter contas não declaradas no país europeu. Há suspeita de que as contas teriam sido abastecidas por propinas em contratos da Petrobras.
"Não me sinto atingido pelas palavras da presidente e lamento que o maior escândalo de corrupção, de desvio de dinheiro público do mundo esteja na maior empresa do governo dela, dirigida por ela desde 2003, seja como ministra, seja como presidente do conselho ou seja, ainda, como presidente da República", afirmou Cunha em nota enviada por meio de sua assessoria.
Em outubro, o peemedebista usou discurso parecido para rebater Dilma. "Eu lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo", afirmou em resposta à declaração dada pela presidente na Suécia. Na ocasião, Dilma disse "lamentar que seja um brasileiro" a denúncia de que Cunha tem contas secretas na Suíça.