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Em protesto, funcionários da USP bloqueiam acesso

Um grupo de funcionários técnico-administrativos, trabalhadores terceirizados e alguns estudantes bloquearam o acesso à reitoria da USP na tarde desta terça-feira


	USP: os técnicos são contrários ao reajuste salarial de 5,39% concedidos para a categoria - eles exigem 11%, retroativo à maio deste ano
 (Divulgação/USP)

USP: os técnicos são contrários ao reajuste salarial de 5,39% concedidos para a categoria - eles exigem 11%, retroativo à maio deste ano (Divulgação/USP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Um grupo de funcionários técnico-administrativos, trabalhadores terceirizados e alguns estudantes bloquearam o acesso à reitoria da Universidade de São Paulo (USP) na tarde desta terça-feira.

Os técnicos são contrários ao reajuste salarial de 5,39% concedidos para a categoria - eles exigem 11%, retroativo à maio deste ano. Já os trabalhadores responsáveis pelos serviços de limpeza e manutenção protestaram por atrasos salariais repassados pela empresa terceirizada.

Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), foi uma "coincidência" a manifestação em conjunto. O técnicos já haviam marcado a paralisação das atividades nesta terça, com concentração a partir das 10h30. O Sintusp pretendia com o protesto - iniciado às 12h30 e finalizado às 14h30 -, marcar uma reunião com o reitor João Grandino Rodas.

"Não iríamos bloquear o acesso dos 900 funcionários da reitoria. Mas nesse dia estadual de paralisação conseguimos reunir 1 mil funcionários. Somos a favor de um reajuste maior porque sabemos que a USP tem mais de R$ 3,4 bilhões em caixa ", diz Carvalho. Entre as pautas de reivindicação do sindicato ainda constam propostas de melhoria nas políticas de permanência dos alunos de baixa renda.

"Elas são insuficientes. Existem muitos estudantes pobres que ainda não têm bolsas de estudos e moradia adequadas", comenta Carvalho.

Atraso

Alguns trabalhadores terceirizados fecharam o acesso à reitoria no início da manhã até por volta das 18h. Eles alegam não terem recebido parte do salário do mês, afirma o Sintusp. Outros, dizem que os valores dos benefícios complementares não estão sendo repassados pela empresa Higilimp, que cuida da limpeza do prédio. Para esta quarta-feira (12), às 6h, os terceirizados prometem bloquear a reitoria novamente.

Outro lado

Em nota, a USP informa que "está reajustando o valor de benefícios concedidos aos servidores técnico-administrativos da universidade, como o auxílio-creche e o auxílio-educação especial, bem como dos auxílios de moradia oferecidos aos alunos". Segundo a instituição, os auxílios-moradia tiveram reajuste de 14,5%, passando de R$ 350 para R$ 400 mensais.


Já o auxílio-creche e o auxílio-educação especial passará de R$ 517,70 para R$ 545,60, a partir deste mês. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a direção da empresa Higilimp.

Unicamp

A paralisação também atingiu os funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores (STU), cerca de 400 trabalhadores aderiram à manifestação. Ao contrário do que ocorreu na USP, um grupo de funcionários conseguiu se reunir com o reitor José Tadeu Jorge.

"A paralisação começou às 8h30 e durou o dia inteiro. Conseguimos nos reunir com o reitor para debater a elevação e equiparação dos salários dos trabalhadores da Unicamp com os salários da USP", fala Antônio Alves - o Toninho - coordenador do STU.

Segundo ele, atualmente enquanto o valor do piso pago aos trabalhadores da USP são: R$ 1.768,29 (funcionários do modulo fundamental), R$ 3.212,36 (médio), R$ 6.040,48 (superior); na Unicamp, as quantias são menores: R$ 1.393,14 (fundamental), R$ 2.058,32 (médio), R$ 3.881,35 (superior). O sindicato ainda é contra o desconto nos salários de cerca de 300 funcionários da instituição que participaram da greve em 2011.

Negociação

Consultada, a Unicamp informa que iniciou um processo de negociação visando à isonomia dos pisos salariais da instituição com os valores da carreira de funcionários da USP. "A reitoria busca restabelecer a igualdade entre os pisos dentro de um horizonte temporal de 2 anos", diz em nota.

A proposta colocada na mesa de negociação da Unicamp prevê um reajuste de R$ 1.699,73 para funcionários da categoria fundamental, R$ 2.511,20 para os do segmento médio e R$ 4.735,32 para os profissionais da categoria superior. As propostas apresentadas pela instituição serão debatidas nesta quarta-feira, 12, ao meio dia, pelo sindicato durante assembleia dos funcionários.

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