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Em Porto Alegre, socorristas vão de andar em andar em busca de moradores ilhados

Bombeiros conseguiram evacuar habitantes que se refugiaram no topo de suas casas para escapar das inundações em ruas e avenidas

Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa (Gilvan Rocha/Agência Brasil)

Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa (Gilvan Rocha/Agência Brasil)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 5 de maio de 2024 às 20h40.

Última atualização em 7 de maio de 2024 às 17h04.

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Primeiro, os habitantes que escaparam da água subindo nos telhados. Agora, alguns ainda estão presos nos topos das casas esperando resgate. Este é o cenário encontrado por socorristas em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, atingida por inundações sem precedentes.

No bairro de Sarandi , os bombeiros conseguiram evacuar os habitantes que se refugiaram no topo de suas casas quando as chuvas torrenciais inundaram grande parte das ruas e avenidas, mas o trabalho de resgate é delicado.

"Há muita água. Mesmo na área [geográfica] mais baixa, há profundidade. As embarcações estão navegando na altura da rede elétrica. Para navegar, precisamos cortar a rede", explica Daniel Batista da Rocha, primeiro sargento do corpo de bombeiros do Rio Grande do Sul.

As inundações deixaram até agora 78 mortos no estado do Rio Grande do Sul, mais de cem desaparecidos e 115 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.

O tempo é crucial para resgatar aqueles que ainda estão presos no pior desastre climático enfrentado na região. As imagens aéreas mostram como a água tomou conta da capital, uma cidade com prédios altos e amplas avenidas, onde vivem 1,4 milhão de habitantes.

Segundo a prefeitura, o nível do rio Guaíba, que divide a cidade, atingiu no domingo 5,30 metros, acima do recorde de 4,76 metros registrado durante as inundações históricas de 1941.

Junto com os socorristas, a população também se mobiliza. "Estamos fazendo o máximo para ajudar os outros. Cada um ajuda à sua maneira, como pode", explica Luis Eduardo da Silva, um voluntário de 32 anos.

O objetivo é reunir provisões essenciais, coletes salva-vidas, água e combustível para os desabrigados, explica este morador de Porto Alegre. Também há pontos de distribuição improvisados, como os postos de gasolina, onde se acumulam garrafas de água e alimentos.

O governo do Rio Grande do Sul fez um apelo por doações e destacou entre os bens mais necessários colchões, lençóis e produtos de higiene pessoal. Outros moradores colocaram suas embarcações à disposição e até mesmo jet skis para apoiar nos trabalhos de resgate. Saiba como doar.

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