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Em meio a disputa no PSB, Marina faz comício em Recife

Candidata retorna à Pernambuco cerca de 40 dias após primeiro ato de campanha realizado depois da morte de Eduardo Campos


	Marina Silva (PSB): passagem por Recife é marcada por intensa disputa velada no partido
 (Ueslei Marcelino)

Marina Silva (PSB): passagem por Recife é marcada por intensa disputa velada no partido (Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 18h57.

Recife - A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, retorna à Pernambuco nesta segunda-feira, 29, cerca de 40 dias após primeiro ato de campanha realizado depois da morte de Eduardo Campos, em acidente aéreo.

A passagem da ex-ministra do Meio Ambiente pela cidade, nesta reta final da campanha presidencial, também é marcada por intensa disputa velada entre integrantes do diretório estadual de Pernambuco e o comando nacional do PSB.

A origem da briga está na busca por espaços e escolha dos novos integrantes da Executiva Nacional da legenda que comandará o partido pelos próximos três anos.

Segundo dirigentes estaduais de Pernambuco, o pedido de adiamento da eleição interna feito ao atual presidente nacional, Roberto Amaral, para o próximo dia 13, também contou com o apoio de outros diretórios como o da Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estado do vice na chapa de Marina, Beto Albuquerque.

Coube, no entanto, à mulher de Eduardo Campos, Renata Campos, o último apelo junto à Amaral para que a reunião não fosse realizada no dia de hoje.

Apesar de não haver consenso neste momento pela manutenção de Amaral no comando da sigla, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, nega que haja nessa reta final da campanha brigas pelo comando nacional do partido.

"O grande motivador desse pedido de adiamento, que nós e outros Estados também fizeram junto ao presidente, foi em respeito ao processo eleitoral que Marina está encabeçando. Cerca de 1/3 dos diretórios está disputando diretamente a eleição. Até o vice-presidente, Beto Albuquerque, está. Você imagina se fosse hoje a eleição, nós aqui de Pernambuco ou não estaríamos recebendo Marina hoje ou não participaríamos da reunião", afirmou Guedes.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o diretório de Pernambucano lançar um nome para a presidência nacional do PSB, Guedes foi evasivo: "Vamos trabalhar pela união do partido. Se houver o entendimento que o melhor é nome é o Roberto Amaral, vamos apoiar".

A passagem de Marina Silva por Pernambuco teve como primeira parada a cidade de Caruaru e será encerrada na noite hoje em ato político no Cais da Alfandega, no Recife Antigo.

A agenda dela foi casada com a do candidato do PSB ao governo pernambucano, Paulo Câmara (PSB), e ao do candidato ao Senado, Fernando Bezerra (PSB).

Atrelado ao nome de Eduardo Campos, Câmara atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto com possibilidades de vencer no primeiro turno.

"Imaginávamos ter esse dia de hoje com Eduardo aqui encerrado a sua campanha em Pernambucano mas temos a compreensão que a trajetória que está sendo traçada por Mariana traz muito aquilo que Eduardo imaginou. Tem um simbolismo forte para nós e vai ser muito importante para Paulo e o Fernando", ressaltou Guedes.

Se por um lado, a ida de Marina ao Estado conta com certo simbolismo pelo fato de ser o reduto eleitoral da família Campos, por outro ocorre num momento em que as últimas pesquisas apontam que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, recuperou espaço na região.

De acordo a pesquisa Datafolha do último domingo, a petista cresceu quatro pontos em relação ao levantamento divulgado no dia 9 passado, saltando de 38% para 42%.

Por sua vez, Marina, que vinha liderando a disputa em Pernambuco, perdeu cinco pontos, passando de 45% para 40%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos, ambas estão em empate técnico em Pernambuco.

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