Dilma defende CPMF, mas não garante apoio do partido
Durante o jantar, Dilma fez defesa das pautas econômicas, da Petrobras e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2016 às 08h44.
Brasília - Em jantar na noite desta terça-feira com parlamentares do PDT , a presidente Dilma Rousseff fez um discurso considerado "longo, mas necessário", no entanto, não conseguiu garantir apoio a temas considerados fundamentais para o governo como a recriação da CPMF e a reforma da previdência.
Durante o jantar, Dilma fez defesa das pautas econômicas, da Petrobras e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ela falou da importância da CPMF , mas o partido não se comprometeu, ficamos de debater o tema internamente na bancada", afirmou ao Broadcast Político o líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha (MA). Segundo Rocha, os parlamentares afirmaram à presidente que buscarão sugestões alternativas a recriação do chamado imposto do cheque.
"Não dá só pra dizer que é contra por ser, vamos aprofundar debate", afirmou.
Em relação a reforma da Previdência, que também foi defendida pela presidente no jantar, o líder do partido na Câmara disse que os parlamentares externaram a opinião de que não é o momento para se tratar do tema. "Fizemos esse apelo", afirmou.
O ministro André Figueiredo (Comunicações), que é deputado licenciado do PDT, afirmou que o jantar foi basicamente uma reunião de integração. "A presidente se mostrou muito à vontade para discutir temas importantes para a governabilidade", afirmou.
Outros parlamentares também destacaram a postura informal de Dilma e disseram que a presidente fez questão de frisar sua abertura para o diálogo. O jantar desta terça-feira faz parte dos encontros com que a presidente pretende promover com os partidos da base aliada. Amanhã, Dilma almoça com o PRB. Na semana passada, Dilma jantou com PTB.
Ao receber os parlamentares, Dilma fez questão de prestigiar um por um com pequenas conversas individuais, antes de oferecer o jantar - que teve no cardápio bacalhau e filé, além de salada e arroz de alho.
Dilma fez uma retrospectiva de sua trajetória política, lembrou o início de sua militância no PDT e fez uma análise do momento atual do país. O processo de impeachment, que está em curso na Câmara, foi abordado rapidamente, segundo relatos, com os pedetistas fazendo uma defesa do mandato de Dilma.
"Nos reiteramos que somos contra o impeachment, pois temos a clareza de que na forma que foi construído é uma tentativa clara de golpe branco", disse o líder do partido.
Dilma também fez uma defesa da Petrobras e reforçou a força e independência das instituições nas investigações da Operação Lava Jato. Os parlamentares inclusive fizeram uma breve fala contrária ao projeto recém-aprovado no Senado, que irá para a Câmara, que retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, fez uma fala - segundo presentes - radicalmente contrária ao projeto aprovado no Senado.
"O partido não vai de maneira alguma participar e assinar embaixo de qualquer debate que seja a saída da Petrobras, até porque a crise também é dos baixos preços do barril do petróleo, e essa crise não é pra sempre", disse um deputado. O líder do PDT corroborou a opinião e afirmou que mudar a política em torno do pré-sal é "uma política de entreguismo irresponsável."
Segundo relatos, Dilma não opinou diretamente sobre o tema, mas "o sentimento" foi de que ela não permitirá que a Petrobras perca seu protagonismo. Além de Lupe e Rocha, participaram do jantar os deputados: Roberto Góes (AP), Félix Mendonça Junior (BA), Subtenente Gonzaga (MG), José Augusto Curvo (MT), Flávia Morais (GO), Dagoberto (MS), Flavio Nogueira (PI), Giovani Cherini (RS), Wolnei Queiroz (PE), Afonso Motta (RS),
Também estiveram no encontro os senadores Acir Gurgacz (RO) e Telmário Mota (RR) e os ministros André Figueiredo (Comunicações), que é deputado licenciado do PDT, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Brasília - Em jantar na noite desta terça-feira com parlamentares do PDT , a presidente Dilma Rousseff fez um discurso considerado "longo, mas necessário", no entanto, não conseguiu garantir apoio a temas considerados fundamentais para o governo como a recriação da CPMF e a reforma da previdência.
Durante o jantar, Dilma fez defesa das pautas econômicas, da Petrobras e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ela falou da importância da CPMF , mas o partido não se comprometeu, ficamos de debater o tema internamente na bancada", afirmou ao Broadcast Político o líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha (MA). Segundo Rocha, os parlamentares afirmaram à presidente que buscarão sugestões alternativas a recriação do chamado imposto do cheque.
"Não dá só pra dizer que é contra por ser, vamos aprofundar debate", afirmou.
Em relação a reforma da Previdência, que também foi defendida pela presidente no jantar, o líder do partido na Câmara disse que os parlamentares externaram a opinião de que não é o momento para se tratar do tema. "Fizemos esse apelo", afirmou.
O ministro André Figueiredo (Comunicações), que é deputado licenciado do PDT, afirmou que o jantar foi basicamente uma reunião de integração. "A presidente se mostrou muito à vontade para discutir temas importantes para a governabilidade", afirmou.
Outros parlamentares também destacaram a postura informal de Dilma e disseram que a presidente fez questão de frisar sua abertura para o diálogo. O jantar desta terça-feira faz parte dos encontros com que a presidente pretende promover com os partidos da base aliada. Amanhã, Dilma almoça com o PRB. Na semana passada, Dilma jantou com PTB.
Ao receber os parlamentares, Dilma fez questão de prestigiar um por um com pequenas conversas individuais, antes de oferecer o jantar - que teve no cardápio bacalhau e filé, além de salada e arroz de alho.
Dilma fez uma retrospectiva de sua trajetória política, lembrou o início de sua militância no PDT e fez uma análise do momento atual do país. O processo de impeachment, que está em curso na Câmara, foi abordado rapidamente, segundo relatos, com os pedetistas fazendo uma defesa do mandato de Dilma.
"Nos reiteramos que somos contra o impeachment, pois temos a clareza de que na forma que foi construído é uma tentativa clara de golpe branco", disse o líder do partido.
Dilma também fez uma defesa da Petrobras e reforçou a força e independência das instituições nas investigações da Operação Lava Jato. Os parlamentares inclusive fizeram uma breve fala contrária ao projeto recém-aprovado no Senado, que irá para a Câmara, que retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, fez uma fala - segundo presentes - radicalmente contrária ao projeto aprovado no Senado.
"O partido não vai de maneira alguma participar e assinar embaixo de qualquer debate que seja a saída da Petrobras, até porque a crise também é dos baixos preços do barril do petróleo, e essa crise não é pra sempre", disse um deputado. O líder do PDT corroborou a opinião e afirmou que mudar a política em torno do pré-sal é "uma política de entreguismo irresponsável."
Segundo relatos, Dilma não opinou diretamente sobre o tema, mas "o sentimento" foi de que ela não permitirá que a Petrobras perca seu protagonismo. Além de Lupe e Rocha, participaram do jantar os deputados: Roberto Góes (AP), Félix Mendonça Junior (BA), Subtenente Gonzaga (MG), José Augusto Curvo (MT), Flávia Morais (GO), Dagoberto (MS), Flavio Nogueira (PI), Giovani Cherini (RS), Wolnei Queiroz (PE), Afonso Motta (RS),
Também estiveram no encontro os senadores Acir Gurgacz (RO) e Telmário Mota (RR) e os ministros André Figueiredo (Comunicações), que é deputado licenciado do PDT, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).