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Em GO, Dilma ganhou afagos, mas em SP foi criticada

Primeiro tucano a elogiar publicamente Dilma, Marconi Perillo não poupou críticas a ela e até endossou os protestos durante encontro do PSDB na capital paulista


	Marconi Perillo: no encontro com tucanos, Perillo lembrou ainda das dificuldades econômicas do país
 (Divulgação/Facebook)

Marconi Perillo: no encontro com tucanos, Perillo lembrou ainda das dificuldades econômicas do país (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 22h28.

São Paulo - Primeiro tucano a elogiar publicamente a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, 19, durante passagem da petista por Goiás, o governador do Estado Marconi Perillo não poupou críticas a ela e até endossou os protestos de 15 de março contra a presidente durante encontro do PSDB no Instituto Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, em 9 de março.

"Jamais concordei com as intolerâncias e injustiças contra a presidente. Venho aqui para receber uma presidente da República que foi legitimamente reeleita e que tem meu apoio a sua legitimidade. Não podemos ser vitimas de uma minoria que age contra a democracia, o republicanismo tem que prevalecer", disse Perillo na quinta-feira, em Goiânia, em evento do qual participou ao lado de Dilma.

Há cerca de duas semanas, no entanto, na companhia de correligionários em São Paulo, ele falou sobre o difícil cenário do governo.

"Essa química explosiva de crises ética, moral, política, econômica e social acaba sendo sintetizado pela crise de credibilidade do governo que tem nos engessado. Estamos engessados só discutindo essas crises."

"Eu tenho visto pela internet, pelas redes sociais, convocações do dia 15 que nunca imaginaria ver, de empresários, profissionais liberais, de pessoas que nunca se meteram em política e estão convidando todo mundo. Pessoas de alta credibilidade, ou seja, as pessoas perderam a paciência", afirmou.

No encontro com tucanos, Perillo lembrou ainda das dificuldades econômicas do País e citou os protestos que estavam marcados para 15 de março.

"A resposta (à atual situação) vem no dia 15 e certamente virá dois meses depois porque a situação vai se agravar cada vez mais e as pessoas perderam a paciência."

‘Reconhecimento’

Na quinta-feira, em seu Estado, Perillo mudou o discurso e fez questão de afirmar que não faz oposição à presidente.

"Sou de um partido que faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu uma palavra minha que não fosse de reconhecimento e agradecimento pelo que a senhora fez por Goiás", afirmou o tucano.

Dias antes, porém, o governador havia dito que os prefeitos e governadores "não aguentam mais, 72% de tudo que se arrecada nesse país fica com o governo federal, só que todas as demandas da sociedade recaem sobre nossos ombros".

No Instituto FHC Perillo também avaliou a situação do PT e lembrou declaração do senador tucano Aloysio Nunes Ferreira de que não quer o impeachment, quer ver Dilma "sangrar".

"Acho que o desfecho dessa vitória do PT, com todos os desdobramentos que a gente vê, vai significar - e daí o fato de o Aloysio (Nunes Ferreira) falar em sangramento, o fim da hegemonia do PT, não tenho dúvida sobre isso", disse o governador.

Ainda segundo Perillo, se o PSDB tivesse vencido as eleições, teria adotado a mesma política econômica - de ajuste fiscal - do governo e seria acusado pelos petistas de ser neoliberal. "Se nós tivéssemos vencido, eles estariam colocando o MST nas ruas contra a gente. Iam nos chamar de neoliberais. Eles teriam mentido e estariam passando por bons meninos hoje."

Em nota divulgada hoje, Perillo diz que suas declarações no Instituto FHC foram "respeitosas, sem agressões ou ataques pessoais à presidente" e não há incoerência em seu posicionamento.

"No evento de ontem com a presença da presidente, condenei a intolerância e a hostilidade em nível geral, mas especificamente porque fui alvo de uma claque petista, composta por alguns radicais. Se sempre fui respeitoso, seria natural a recíproca em relação à minha pessoa."

O governador diz que defendeu a governabilidade "porque o País não pode parar". "As generalizações em nada contribuem."

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