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Em discurso de despedida, Carvalho defende PT

Ex-ministro afirmou ainda e que voltava para casa sem "levar desaforo" e que os petistas que erraram pagaram pelo erro

Gilberto Carvalho: "a imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, para servir. Nós não somos ladrões" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 15h58.

Brasília - Em discurso de despedida do comando da Secretaria-Geral da Presidência da República, o ex-ministro Gilberto Carvalho afirmou que a gestão petista não é formada por "ladrões" e que "os que cometeram erros" foram devidamente punidos.

"A imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, para servir. Nós não somos ladrões", afirmou. "Volto para casa com minha quitinete rural e meu apartamento aqui (em Brasília), que financiei em 19 anos no Banco do Brasil", disse.

Carvalho afirmou ainda e que voltava para casa sem "levar desaforo" e que os petistas que erraram pagaram pelo erro, numa referência indireta aos presos no mensalão.

"Cada um dos companheiros que cometeu erro foi punido e pagou um preço. Isso espero que se torne o novo padrão, republicano, seja quem esteja no governo", destacando o ex-ministro das Comunicações Luiz Gushiken, morto no ano passado em razão de um câncer, como uma "pessoa injustiçada, que morreu sem ser reconhecido".

Sem citar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que após perder a corrida presidencial associou o PT "organização criminosa", Carvalho afirmou que "eles" consideram pobres como "quadrilha".

"Para aqueles que disseram que ganhamos (a reeleição de Dilma) como quadrilha, quero dizer que essa é nossa quadrilha, porque para eles pobre é uma quadrilha", afirmou. "Para alguém que disse que perdeu as eleições para uma quadrilha, essa é a nossa quadrilha, a dos pobres", disse.

Carvalho afirmou que o PT se mantém fiel à realização de "mudanças das condições de desigualdade" do País. "É por conta dessa gente (os mais pobres) que ganhamos as eleições. É por conta desse tipo de mudança (social) que ganhamos as eleições", afirmou.

O ex-titular da Secretaria-Geral também elogiou o "uso do aparelho do Estado" pelo PT ao longo dos 12 anos de governo do partido a partir de 2003, garantindo políticas sociais. "Nosso governo conseguiu fazer o essencial que é fazer a mudança fundamental da lógica de uso do aparelho do Estado", considerou.

Movimentos sociais

Carvalho atribuiu aos movimentos sociais a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Na hora do pau, eles foram responsáveis pela eleição em 2014", disse Carvalho.

Carvalho saiu em defesa do controverso decreto editado pela presidente Dilma Rousseff que orienta a criação de conselhos e outras formas de participação popular na política.

Ele elogiou o fato de que houve uma mudança nas gestões do PT de governar ouvindo a população. O ministro demissionário destacou ainda o amadurecimento dos movimentos sociais e afirmou que, graças a eles, foi possível manter o diálogo.

Em tom de brincadeira, Carvalho disse que deixava para seu sucessor "um monte de abacaxi". Mas se disse feliz pela escolha de Miguel Rossetto, de quem, contou, é amigo desde 1979. "Tenho um profundo carinho e respeito pelo Miguel e estou superfeliz que esse trabalho será alargado e aperfeiçoado", afirmou.

No discurso, interrompido por várias palmas da plateia, o ex-ministro reafirmou a crença no projeto de socialismo democrático. Carvalho, que afirmou crer "mais do que nunca" na ética do serviço público, finalizou seu pronunciamento entoando com a plateia a música de Gonzaguinha "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".

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"A imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, para servir. Nós não somos ladrões", afirmou. "Volto para casa com minha quitinete rural e meu apartamento aqui (em Brasília), que financiei em 19 anos no Banco do Brasil", disse.

Carvalho afirmou ainda e que voltava para casa sem "levar desaforo" e que os petistas que erraram pagaram pelo erro, numa referência indireta aos presos no mensalão.

"Cada um dos companheiros que cometeu erro foi punido e pagou um preço. Isso espero que se torne o novo padrão, republicano, seja quem esteja no governo", destacando o ex-ministro das Comunicações Luiz Gushiken, morto no ano passado em razão de um câncer, como uma "pessoa injustiçada, que morreu sem ser reconhecido".

Sem citar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que após perder a corrida presidencial associou o PT "organização criminosa", Carvalho afirmou que "eles" consideram pobres como "quadrilha".

"Para aqueles que disseram que ganhamos (a reeleição de Dilma) como quadrilha, quero dizer que essa é nossa quadrilha, porque para eles pobre é uma quadrilha", afirmou. "Para alguém que disse que perdeu as eleições para uma quadrilha, essa é a nossa quadrilha, a dos pobres", disse.

Carvalho afirmou que o PT se mantém fiel à realização de "mudanças das condições de desigualdade" do País. "É por conta dessa gente (os mais pobres) que ganhamos as eleições. É por conta desse tipo de mudança (social) que ganhamos as eleições", afirmou.

O ex-titular da Secretaria-Geral também elogiou o "uso do aparelho do Estado" pelo PT ao longo dos 12 anos de governo do partido a partir de 2003, garantindo políticas sociais. "Nosso governo conseguiu fazer o essencial que é fazer a mudança fundamental da lógica de uso do aparelho do Estado", considerou.

Movimentos sociais

Carvalho atribuiu aos movimentos sociais a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Na hora do pau, eles foram responsáveis pela eleição em 2014", disse Carvalho.

Carvalho saiu em defesa do controverso decreto editado pela presidente Dilma Rousseff que orienta a criação de conselhos e outras formas de participação popular na política.

Ele elogiou o fato de que houve uma mudança nas gestões do PT de governar ouvindo a população. O ministro demissionário destacou ainda o amadurecimento dos movimentos sociais e afirmou que, graças a eles, foi possível manter o diálogo.

Em tom de brincadeira, Carvalho disse que deixava para seu sucessor "um monte de abacaxi". Mas se disse feliz pela escolha de Miguel Rossetto, de quem, contou, é amigo desde 1979. "Tenho um profundo carinho e respeito pelo Miguel e estou superfeliz que esse trabalho será alargado e aperfeiçoado", afirmou.

No discurso, interrompido por várias palmas da plateia, o ex-ministro reafirmou a crença no projeto de socialismo democrático. Carvalho, que afirmou crer "mais do que nunca" na ética do serviço público, finalizou seu pronunciamento entoando com a plateia a música de Gonzaguinha "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".

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