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Em debate, Dilma defende apoio a países latino-americanos

A candidata à reeleição defendeu o apoio brasileiro a obras de infraestrutura em outros países da América Latina

Dilma Rousseff no debate da Band: Dilma venceria o primeiro turno, segundo Ibope (Paulo Whitaker/Reuters)

Dilma Rousseff no debate da Band: Dilma venceria o primeiro turno, segundo Ibope (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 08h50.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira no primeiro debate na televisão o apoio brasileiro a obras de infraestrutura em outros países da América Latina, ao ser questionada sobre o financiamento do porto de Mariel, em Cuba.

Para a candidata à reeleição, o crédito brasileiro a projetos em diversos países latino-americanos está condicionado à participação de empresas brasileiras nas obras e no fornecimento dos materiais, e, por isso, gera emprego e renda para o Brasil.

"O Brasil tem condições de construir políticas de apoio à América Latina que beneficiem país e nossas empresas", afirmou a presidente-candidata no debate promovido pela Band.

A chefe de Estado acrescentou que essa política parte do princípio de que o Brasil assume a responsabilidade de ser a maior potência regional.

Segundo a presidente, antes o Brasil dirigia seu olhar para os países desenvolvidos e "hoje olha para toda a América Latina e toda a África, e tem uma relação com os Brics (bloco integrado pelo país junto com Rússia, Índia, China e África do Sul) e isso nos permitiu criar o banco dos Brics, que também vai financiar obras em países em desenvolvimento".

"Fizemos um variante do FMI (Fundo Monetário Internacional), um acordo para proteger os países da volatilidade internacional", ressaltou.

O candidato do PSC, Everaldo Pereira, questionou Dilma pelo financiamento que "favorece a ditadura cubana" de obras complementares no porto do Mariel, uma milionária obra conjunta iniciada em 2011 na ilha.

Dos US$ 957 milhões orçados para a construção do Terminal de Contêineres do porto do Mariel, o BNDES financiou um terço desse valor (US$ 682 milhões).

"Quando se financia empresa no exterior se garante empregos aqui. A mesa do trabalhador brasileiro tem um padrão de consumo que nunca teve" ressaltou a presidente, que justificou que, se o Brasil não participasse deste tipo de projeto de infraestrutura, outros países europeus, "como a Holanda", o fariam.

Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, Dilma venceria o primeiro turno, em 5 de outubro, com 34%, seguida por Marina, que com 29% relegaria Aécio Neves ao terceiro lugar, com 19%.

Esses resultados forçariam um segundo turno, previsto para 26 de outubro, no qual Marina, com 45% venceria Dilma, que obteria 36%. 

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