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Padilha diz que não houve irregularidades nas trocas na CCJ

O ministro-chefe da Casa Civil declarou que a vontade dos partidos que integram a CCJ era majoritariamente pela rejeição da denúncia contra Temer

Eliseu Padilha: "Colocaram-se outros que tinham posição garantida" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eliseu Padilha: "Colocaram-se outros que tinham posição garantida" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de julho de 2017 às 18h21.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (14) que não houve irregularidades nas trocas realizadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados antes da votação que rejeitou a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

Em entrevista à Rádio Gaúcha de Porto Alegre, Padilha disse que a troca de parlamentares foi promovida pelos partidos que fecharam questão contra a aceitação da denúncia.

"Os partidos PMDB, PP, PR, PRB e PSD fecharam questão, ou seja, todos os parlamentares destas legendas eram obrigados a votar conforme a orientação do partido. Como havia alguns com dificuldade de assimilar essa orientação partidária, eles foram substituídos. Colocaram-se outros que tinham posição garantida, porque iriam lá responder conforme a orientação do partido", explicou.

O ministro disse que a vontade dos partidos que integram a CCJ era majoritariamente pela rejeição da denúncia:

"Não tem absolutamente nada de irregular nisso. A base disso é o regimento interno da Câmara, que prevê que o líder indica e substitui os parlamentares nas comissões. Absolutamente normal do jogo político".

Na última quarta-feira (12), o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia contra Temer, criticou a troca de parlamentares na CCJ e acusou o governo de comprar votos em troca da liberação de emendas. Padilha minimizou a acusação.

"Se ele [Zveiter] tivesse certeza disso, teria entrado com algum tipo de ação contra o governo", disse.

Eliseu Padilha ressaltou que o Planalto não está utilizando recursos públicos para atender a interesses políticos.

"O governo está usando o orçamento da forma como entende ser a mais correta de governar. Está fazendo com que tenha muitos avanços, não vamos nos esquecer de tudo o que vem sendo feito", disse o ministro.

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