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Eleições: Estamos dialogando, diz Doria sobre ser vice de Simone Tebet

"Estamos dialogando, sempre conversando. O diálogo é a base da democracia", disse o ex-governador

Simone Tebet e João Doria (Montagem Exame/Agência Brasil)

Simone Tebet e João Doria (Montagem Exame/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2022 às 16h35.

Última atualização em 20 de maio de 2022 às 16h35.

Pressionado por partidos da terceira via para desistir de sua pré-candidatura ao Planalto, o ex-governador João Doria (PSBD) afirmou nesta sexta-feira, 20, estar "dialogando" ao ser questionado por jornalistas se aceitaria ser vice da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na disputa presidencial.

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"Estamos dialogando, sempre conversando. O diálogo é a base da democracia", disse em Goiânia. Nesta semana, os presidentes de PSDB, MDB e Cidadania deram aval ao nome de Tebet, mas a indicação ainda precisa ser referendada pelas executivas nacionais dos partidos.

Acompanhado do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Doria afirmou que se reunirá com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo no domingo, 22, em São Paulo, para discutir a viabilidade da candidatura. Ainda assim, o ex-governador tucano "avalia" a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir sua participação na disputa à Presidência. "Com paz e entendimento se faz a boa política", afirmou.

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Nesta quinta-feira, PSDB, MDB e Cidadania divulgaram nota conjunta para reforçar a necessidade de união das siglas e citou falas antigas de Simone Tebet e João Doria, em que se diziam dispostos a participar do processo de escolha de um nome único. No entanto, apesar da revelação oficial estar marcada para terça-feira, 24, o nome da senadora emedebista já é tido pela cúpula dos partidos como o representante da articulação, e o PSDB sinaliza que deve ignorar o resultado das prévias vencidas pelo ex-governador paulista.

"Vamos respeitar as prévias e a vontade popular dos filiados do PSDB, mas sempre com diálogo", afirmou Doria, que tenta aglutinar apoio dentro do partido. Em Goiás, o presidenciável conta com apoio das lideranças do Estado, representadas por Perillo. "Eu apoio o candidato do meu partido, defendo que o PSDB tenha nome nas eleições e não vou apoiar um candidato que não seja do PSDB", disse Marconi à imprensa. Para o ex-governador de Goiás, o desrespeito às prévias "enfraquece" a sigla.

O aval da cúpula de PSDB, MDB e Cidadania ao nome de Tebet, questionado pela ala defensora de João Doria, teria como base os índices de rejeição da senadora, menores que o do tucanos, segundo pesquisas de intenção de voto. Os três partidos encomendaram um levantamento do Instituto Guimarães de Pesquisa e Planejamento (IGPP). A movimentação em prol da senadora desagrada, inclusive, ao grupo do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), também apoiador de candidatura própria, mas não do nome de Doria.

Em Goiás, Doria cumpriu agendas em Trindade, onde esteve no santuário e na Vila São Cottolengo, e em Goiânia, para reunião fechada com lideranças tucanas locais no Hotel Plaza Inn Augustus. O ex-governador de São Paulo defendeu o diálogo para que o País "não tenha apenas duas opções", numa referência à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

(Estadão Conteúdo)

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