Câmara tem 234 novos nomes e renovação de 44%, a menor da série histórica
Eleições 2022: dos 513 eleitos para a Câmara dos Deputados, 234 não estavam no cargo; Câmara terá duas deputadas trans pela primeira vez na história
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2022 às 13h27.
Última atualização em 3 de outubro de 2022 às 13h51.
A Câmara dos Deputados teve renovação de 44,05% nas eleições de 2022, segundo calculado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
- 234 são novos nomes;
- 287 foram reeleitos.
Ao todo, dos 446 candidatos que já eram deputados na atual legislatura e tentavam a reeleição, 64,34% foram reeleitos.
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Renovação baixa e volta de nomes conhecidos
A eleição 2022 se torna a com menor índice de renovação da série histórica do DIAP, que inclui dados até 1990. Apesar disso, o índice também ficou em linha com a média histórica, de 45,78% de renovação (veja o histórico completo na tabela abaixo).
As duas únicas eleições na série que não tiveram renovação abaixo de 50% foram as primeiras calculadas, logo após a redemocratização, em 1990 e 1994. A eleição com maior renovação foi em 1990, com 61,82% dos eleitos sendo novos deputados.
O DIAP também apontou em nota que "a renovação pode ser considerada relativa" em 2022, uma vez que houve "ingresso ou retorno de ex-deputados federais, estaduais, senadores e além de governadores, prefeitos conhecidos na política".
A Câmara dos Deputados informou nesta segunda-feira, 3, que, ao todo, 17 ex-deputados voltarão à Casa na próxima legislatura.
Encerrada a apuração e o cálculo dos eleitos, a Câmara também informou que a bancada feminina na Casa aumentará em 18%, além da chegada de duas novas deputadas trans pela primeira vez na história: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Histórico de renovação na Câmara dos Deputados
Ano da eleição | Composição da Câmara no ano da eleição | Nº de candidatos à reeleição | Índice de recandidatura | Nº de reeleitos | Índice de reeleição | Nº de novos | Índice de renovação |
1990 | 495 | 368 | 74,34% | 189 | 51,35% | 306 | 61,82% |
1994 | 503 | 397 | 78,92% | 230 | 57,93% | 273 | 54,28% |
1998 | 513 | 443 | 86,35% | 288 | 65,01% | 225 | 43,86% |
2002 | 513 | 416 | 81,09% | 283 | 68,02% | 230 | 44,83% |
2006 | 513 | 442 | 86,16% | 267 | 60,41% | 246 | 47,95% |
2010 | 513 | 407 | 79,33% | 286 | 70,76% | 227 | 44,25% |
2014 | 513 | 387 | 75,43% | 273 | 70,54% | 240 | 47,00% |
2018 | 513 | 404 | 78,75% | 274 | 67,82% | 239 | 46,58% |
2022 | 513 | 446 | 86,93% | 287 | 64,34% | 226 | 44,05% |
Média* | 513 | 417 | 81,93% | 278 | 66,98% | 234 | 45,78% |
Fonte: tabela elaborada pelo DIAP. Média calculada desde 2002.
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