Brasil

Eleições: Bolsonaro diz que Braga Netto tem 90% de chance de ser seu vice

A decisão ainda não foi fechada. Bolsonaro destacou que a presença de um general dá credibilidade à chapa

 (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

(Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2022 às 12h26.

Última atualização em 11 de abril de 2022 às 12h29.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou nesta segunda-feira (11) que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e hoje alocado em um cargo de confiança no Palácio do Planalto, é o nome mais cotado para assumir a vice na chapa pré-candidata à reeleição. "90% de chance de ser o Braga Netto", declarou o presidente em entrevista ao grupo "O Liberal", do Pará.

Braga Netto é a figura mais cotada para a vaga desde que Bolsonaro começou a sinalizar nos bastidores que gostaria de um vice militar para evitar ser alvo de um processo de impeachment em um eventual segundo mandato. Em março, o chefe do Executivo disse que seu vice seria um militar de Belo Horizonte, perfil do general.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia

Bolsonaro destacou, no entanto, que a decisão ainda não foi fechada. "Meu vice, atualmente, é um general de Exército. Então, pode ser que eu continue, não estou batendo o martelo aqui, pode ser que eu continue também com outro general de Exército. Isso dá credibilidade à chapa, respeitabilidade", disse o presidente na entrevista.

Chapa Lula-Alckmin

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), que devem formar uma chapa para disputar o Palácio do Planalto em outubro. "Pelo poder, se uniram", disse Bolsonaro em entrevista ao grupo "O Liberal", do Pará.

Na última sexta-feira, 8, o PSB oficializou a indicação de Alckmin, recém-filiado à sigla após 33 anos de PSDB, para ser o vice de Lula nas eleições e enfrentar Bolsonaro nas urnas. Hoje, Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto e o principal adversário do governo nas urnas. No dia da indicação, Bolsonaro compartilhou foto de Lula e Alckmin nas redes sociais e ironizou a postagem ao escrever "Kkkkkkkkk".

"Alckmin era um ferrenho opositor de Lula por décadas", lembrou Bolsonaro na entrevista desta segunda-feira. "Eram inimigos lá atrás e são amigos hoje, ou mentiam lá atrás ou mentem hoje", acrescentou.

Lula e Alckmin minimizam o fato de terem se enfrentado politicamente no passado e dizem que a união se dá para defender a democracia e combater o "autoritarismo" de Bolsonaro.

STF

O chefe do Executivo aproveitou para ampliar críticas e cobranças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na entrevista, questionou o pedido de prisão decretado contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), seu aliado político que usa tornozeleira eletrônica após ataques à democracia.

"Por mais errado que esteja o Daniel Silveira - ele falou muita coisa ofensiva, ninguém duvida disso aí -, a pena não pode ser cumprir preventivamente nove anos de cadeia. Um deputado federal!", afirmou Bolsonaro na entrevista,

O presidente também criticou a suposta inação de Moraes às falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do governo nas eleições deste ano, por incentivar militantes a "incomodar" parlamentares. "Isso é uma interferência, é um crime. Isso é um ato antidemocrático, Alexandre de Moraes. Vai ficar quieto? Vai ficar quieto?", perguntou o presidente.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2022Jair BolsonaroWalter Braga Netto

Mais de Brasil

AGU notifica Meta sobre decisão que encerra checagem de fatos nos EUA para saber planos para Brasil

Corpo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris é encontrado no Rio Sena

Governo de SP anuncia construção da 3ª pista no Sistema Anchieta-Imigrantes

Ministro de Minas e Energia busca investimentos da ADNOC em gás e fertilizantes no Brasil