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Eleições 2020: na véspera, rivais reforçam contato com eleitor de SP

Covas (PSDB), Boulos (PSOL), França (PSB) e Russomanno (Republicanos) apostaram no contato direto para convencer o eleitor no último dia de campanha

França, Boulos, Covas e Russomanno: os quatros candidatos lideram a disputa à Prefeitura de São Paulo (Montagem Exame/Divulgação)

França, Boulos, Covas e Russomanno: os quatros candidatos lideram a disputa à Prefeitura de São Paulo (Montagem Exame/Divulgação)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 10h02.

Com a disputa acirrada por uma vaga no segundo turno, os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo utilizaram até o fim o período permitido para compromissos nas ruas. Os quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB) e Celso Russomanno (Republicanos), apostaram no contato direto para convencer o eleitor paulistano no último dia de campanha.

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Líder das pesquisas de intenção de votos, Covas participou em Pinheiros de um ato ao lado do tio, o ex-vereador Mário Covas Neto, candidato do Podemos à Câmara Municipal, e de uma caminhada no bairro do Rio Pequeno na zona oeste da capital. Hoje, Covas pretende acompanhar o voto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador João Doria (PSDB).

Em um gesto que simboliza a ideia de formar uma "frente ampla", o prefeito começará o dia com um café da manhã na residência da ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido), que assumiu a missão de reunir apoios para o tucano entre personalidades e lideranças. Em seguida, segue para até Higienópolis, bairro nobre da capital para acompanhar a votação de FHC, e depois vai ao encontro de Doria. "A coligação que represento se chama 'Todos por São Paulo'. Esses três - Marta, FHC e Doria - mostram exatamente isso, a ampliação de esforços", disse.

Boulos encerrou a campanha com uma carreata pela região do centro expandido da cidade. Ao final, disse que o principal legado de sua campanha é o exemplo de que é possível fazer política com pouco dinheiro e sem o uso da máquina pública. "Fizemos uma campanha bonita, sem estrutura, sem máquina, com pouquíssimo tempo na TV e mesmo assim estamos em segundo lugar", disse.

A carreata saiu do Largo da Batata, em Pinheiros, bairro onde morou com os pais até a adolescência, e foi até a Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso. Dezenas de veículos com bandeiras e adesivos do PSOL acompanharam o carro de som de onde Boulos acenava para a população. Quando passava pela Avenida Paulista, na altura do Parque Trianon, um grupo de manifestantes do MBL que fazia campanha para o candidato Arthur do Val (Patriota) hostilizou os apoiadores de Boulos com palavrões, mas foram contidos pela Polícia Militar. Não houve briga.

Boulos também demonstrou preocupação com a possibilidade de alta abstenção nas urnas. "Tenho visto até um certo estímulo de alguns setores à abstenção, o que me parece preocupante. A democracia é uma conquista do povo", afirmou.

Na única agenda pública que teve na véspera da eleição, Celso Russomanno (Republicanos) fez uma carreata que partiu de Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade, e circulou por bairros da região. Ao falar com jornalistas, disse ter certeza de que o apoio que recebeu na reta final, incluindo o de grupos bolsonaristas, o levará ao segundo turno, e evitou comparações com eleições anteriores - quando "derreteu" na reta final da campanha. "Não tem comparação, são diferentes", disse. "Tenho certeza que nós estaremos no segundo turno".

A escolha de Cidade Tiradentes para fechar o primeiro turno da campanha se deu, segundo ele, por causa do apoio que tem na região. "A gente sempre teve muita votação na zona leste. É a região onde sou mais forte, então escolhemos a zona leste para terminar a campanha."

O ex-governador Márcio França, candidato pelo PSB, participou de uma carreata com aliados que saiu ao meio-dia da frente do aeroporto Campo de Marte e seguiu até edifício-sede do time Corinthians, no bairro do Tatuapé, onde foi realizado um ato político.

Em seu discurso, França defendeu a necessidade da população ir votar enquanto toma precauções para se proteger da pandemia do novo coronavírus. "É claro que não é uma brincadeira, temos que tomar toda a precaução. Mas o que não dá para aguentar é essa incompetência do poder público", concluiu, citando contaminações ocorridas no transporte público.

A jornalistas, França disse contar com o voto das pessoas da periferia para chegar ao segundo turno. "Haverá abstenção grande mas eu espero que as pessoas votem. Quanto mais as pessoas mais simples votarem, mais chance de nós irmos para o segundo turno", afirmou, durante entrevista.

França fez um breve balanço de sua campanha. "Como da outra vez, estou muito contente no final, penso que a situação acabou levando a gente para uma situação importante", disse, comparando as suas chances com as eleições de 2018, em que protagonizou uma virada de última hora e chegou ao segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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