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Eleição no Brasil se tornou batalha de estilos, diz FT

O jornal britânico Financial Times analisou os estilos dos 3 candidatos à presidência que têm feito da campanha deste ano a mais interessante em anos

Agora, saiba em quais são os candidatos preferidos das personalidades (Montagem/EXAME.com)

Agora, saiba em quais são os candidatos preferidos das personalidades (Montagem/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 11h39.

São Paulo - Para o jornal britânico Financial Times, as eleições presidenciais no Brasil se transformaram em uma batalha de estilos dos três principais candidatos. 

Dilma Rousseff é descrita como uma ex-burocrata do PT, com fama de "rosnar para seus ministros", que está investindo em uma campanha negativa contra Marina Silva. 

Marina, é vista como de aparência frágil e sua campanha tem se dedicado a rebater os rumores lançados contra ela. Aécio Neves, por sua vez, é apresentado como o mais enérgico dos três, embora esteja tendo problemas para convencer o eleitorado. 

Dilma Rousseff

O jornal destaca que a campanha da presidente pela reeleição começou suave em relação à Marina Silva, por respeito à morte de Eduardo Campos. 

No entanto, ao ver a rápida subida de Marina nas pesquisa, Dilma lançou uma série de propagandas eleitoais com o objetivo de assustar os eleitores de baixa renda que dependem de benefícios sociais como o Bolsa Família. Para eles, a atual presidente diz que os benefícios estariam ameaçados caso Marina chegue ao poder. 

De início, o esforço deu certo e Dilma voltou a subir nas pesquisas, mas, como a subida estacionou, a campanha se tornou mais positiva, dando ênfase às conquistas sociais dos últimos 4 anos. 

O Financial Times destaca também que Dilma sobreviveu a um câncer e aparece em forma e se misturando com as multidões em seus compromissos de campanha. 

Marina Silva

"Se Marina Silva for uma atriz, ela é ótima", diz o texto do corresponde do Financial Times no Brasil. Ele se referia ao discurso da candidata do PSB em Fortaleza semana passada, quando Marina disse que ninguém que já tenha passado fome na vida aboliria o Bolsa Família - como a presidente Dilma Rousseff vem sugerindo em sua campanha.

Para o jornal, o discurso mostrou Marina em seu melhor: sincera, humilde e poderosa. Enquanto a campanha de sua principal adversária faz ataques, Marina usa como slogan a frase dita por Campos um dia antes de sua morte: "Não vamos desistir do Brasil". 

O texto destaca também que o site de Marina Silva tem uma página dedicada a responder aos rumores sobre ela, como o de que, sendo uma ambientalista, ela seria contra a Petrobras ou de que, por ser evangélica, iria fazer que as escolas ensinassem o criacionismo. 

"Como sobrevivente de malária, hepatite e intoxicação por mercúrio, ela muitas vezes pode parecer frágil em público. Ela também pode ser frágil em coletivas de imprensa, especialmente quando sente que a mídia tem deturpado seus pontos de vista", diz a análise do jornal. 

Aécio Neves

Já o candidato do PSDB, o mais novo dos três, é visto pelo jornal como o mais enérgico. "Ele dá ênfase ao fato de ser neto de Tancredo Neves e seu governo em Minas Gerais", destaca o texto. 

Aécio, no entanto, está tendo problemas para conquistar um público que estaria cansado com a polarização tradicional entre seu partido e o PT - e é Marina quem estaria se dando bem com essa vontade de mudança, de acordo com a publicação. 

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