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"Edifício era muito seguro", diz coordenador de prédio que desabou

Ricardo Luciano Lima nega as acusações de que os coordenadores usavam o dinheiro cobrado dos moradores para beneficio próprio

Desabamento: moradores disseram que liderança chamada Ananias era quem cobrava o aluguel (Leonardo Benassatto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2018 às 15h29.

São Paulo - Ricardo Luciano Lima, o Careca, um dos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), prestou depoimento no 3.º DP, na tarde desta sexta-feira, 4, e disse que considerava o prédio muito seguro por causa da manutenção que era feita pela coordenação.

"É necessário uma contribuição para manutenção desses lugares. Em qualquer lugar é necessário. Um prédio e até mesmo uma igreja precisam de contribuições para funcionar, assim como as ocupações", disse.

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Ele nega as acusações de que os coordenadores usavam o dinheiro para beneficio próprio. Os moradores disseram que outra liderança, chamada Ananias, era quem cobrava o aluguel. Lima não informou quanto era arrecadado mensalmente no prédio que desabou. Ele disse que não era responsável pela parte financeira e também não quis informar o nome de quem fazia a arrecadação.

Após o depoimento, Lima, que até então vinha se identificando como coordenador, afirmou que é apenas um colaborador e estava fora do movimento há dois anos.

"A palavra coordenador se torna um pouco forte. Eu sempre fui um colaborador, meu encerramento no movimento foi em 2016 e segui a minha vida. Mas quando soube do desabamento voltei para cuidar dessas famílias", diz.

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