Acompanhe:

E-mails podem indicar manipulação de laudo em Brumadinho, afirma MP

Oito funcionários da Vale foram presos ontem como parte das investigações do rompimento da barragem de Brumadinho

Modo escuro

Continua após a publicidade
Vale: para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (Adriano Machado/Reuters)

Vale: para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (Adriano Machado/Reuters)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às, 09h55.

Rio e Belo Horizonte - O Ministério Público de Minas (MP-MG) observou a possibilidade de que tenha ocorrido manipulação do laudo que atestou a estabilidade da barragem de Brumadinho.

Em e-mail do engenheiro Makoto Namba a Arsênio Negro Júnior (Tüv Süd), de 13 de maio de 2018, ele escreve que:

"O Marlísio (outro funcionário) está terminando os estudos de liquefação da Barragem I do Córrego do Feijão, mas tudo indica que não passará, ou seja, fator de segurança para a seção de maior altura será inferir ao mínimo". Dessa maneira, "a rigor não podemos assinar a Declaração de Condição da Estabilidade da Barragem, que tem como consequência a paralisação imediata de todas as atividades da mina".

Na sequência, cita-se Felipe, funcionário da Vale, que alega que as intervenções pedidas pelos técnicos poderiam demandar até três anos - e que em outros momentos a promessa de obras para outras empresas já garantiu o atestado. "Mas como sempre a Vale irá nos jogar contra a parede e perguntar: e se não passar, irão assinar, ou não?"

Prisões

Oito funcionários da Vale foram presos ontem em Belo Horizonte, Itabira (MG) e Rio, como parte das investigações do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), no dia 25, que deixou até ontem 166 mortos e 144 desaparecidos.

As acusações incluem "conluio" para esconder informações sobre o reservatório. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, um deles na sede da empresa. Uma das linhas de apuração envolve descobrir quem detinha informações sobre a barragem antes do rompimento.

Para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (com intenção) e, por isso, é preciso investigar até a cúpula da Vale. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Weg (WEGE3): o que movimenta as empresas na bolsa hoje
seloMercados

Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Weg (WEGE3): o que movimenta as empresas na bolsa hoje

Há 5 dias

Ministério Público aprova novas regras para apreensão e custódia de criptomoedas
Future of Money

Ministério Público aprova novas regras para apreensão e custódia de criptomoedas

Há 6 dias

Com investimentos, Brasil pode ser líder em carbono de qualidade
ESG

Com investimentos, Brasil pode ser líder em carbono de qualidade

Há uma semana

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, é o entrevistado da EXAME desta sexta
Macro em Pauta

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, é o entrevistado da EXAME desta sexta

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais