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Doria promete farinata nas escolas, mas ainda há dúvidas

Prefeito convocou uma coletiva para explicar a distribuição do alimento granulado, mas não forneceu detalhes da execução

João Doria: (Ueslei Marcelino/Reuters)

João Doria: (Ueslei Marcelino/Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 15h54.

Última atualização em 18 de outubro de 2017 às 16h03.

São Paulo – O prefeito de São Paulo, João Doria, ao lado do arcebispo D. Odilo Scherer, afirmou que a prefeitura vai distribuir, em fase de testes, uma "farinata", alimentos próximos ao vencimento que foram desidratados para aumentar sua vida útil, nas escolas da rede municipal.

O pó será usado, a princípio, para engrossar misturas de bolos, pães e sopas na merenda. Todo o processo ainda depende da avaliação de nutricionistas, elaboração de logística e de um convênio com as empresas que vão fornecer o suplemento.

Na véspera, a secretária de Direitos Humanos do município, Eloísa Arruda, informou a EXAME.com que as secretarias ainda não tinham delineado a estratégia dos programas de combate à fome.

Na coletiva de hoje, no entanto, Doria disse que o projeto de levar a farinata, em caráter experimental, para a merenda das escolas, deve começar já neste mês, segundo a Folha de S.Paulo e o G1.

Na coletiva, nem ele nem a representante da Plataforma Sinergia, a organização sem fins lucrativos que detém a tecnologia de produção da farinata, explicaram como será feita a produção e a distribuição.

Rosana Perrotti, da Plataforma Sinergia, apresentou algumas possibilidades, como, por exemplo, “levar a tecnologia de carreta” até as empresas para que elas possam fazer a liofilização dos alimentos (processo pelo qual frutas e legumes, entre outros, são desidratados e congelados para que durem mais).

Outra proposta seria que as próprias empresas adquirissem a tecnologia para processar os alimentos. Perotti garante que a liofilização é mais barata do que a incineração da comida não vendida, que é a prática corrente hoje em dia, mas sem citar valores ou levantamentos sobre o tema.

Ainda segundo a Folha, durante a coletiva, uma nutricionista que trabalha com a vereadora Sâmia Bomfim (do PSOL) perguntou ao prefeito se as empresas que fizerem isso terão isenção fiscal. Quando ele ficou sabendo que se tratava de uma assessora e não de uma jornalista, teria dito a ela para ficar quieta e não atrapalhar o trabalho da imprensa.

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