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Doria manifesta apoio a Moro e defende "limpeza do Brasil"

A manifestação do prefeito de SP acontece no dia em que o ex-presidente Lula presta depoimento à Lava Jato, em Curitiba

Doria: para o líder, "os corruptos precisam desaparecer do Brasil" (EXAME Hoje/Divulgação)

Doria: para o líder, "os corruptos precisam desaparecer do Brasil" (EXAME Hoje/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2017 às 15h26.

Última atualização em 10 de maio de 2017 às 15h29.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), manifestou nesta quarta-feira, 10, apoio ao juiz federal Sérgio Moro, à Operação Lava Jato e à "limpeza do Brasil". Nesta tarde, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é interrogado pelo magistrado em Curitiba.

"A Justiça tem que ser cumprida. E todo apoio à Lava Jato, todo apoio ao juiz Sérgio Moro, todo apoio à limpeza do Brasil, que os corruptos desapareçam do Brasil", afirmou, após a inauguração do primeiro Centro Temporário de Acolhimento (CTA) para moradores de rua da capital paulista.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também se manifestou sobre o depoimento de Lula. "Ninguém está acima da lei. O Judiciário tem que seguir o seu trabalho", disse Alckmin.

Alckmin, citado por delatores da Odebrecht, disse estar "absolutamente tranquilo sobre a citação de seu nome". O governador declarou ter "40 anos de vida pública honesta e o mesmo patrimônio".

A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira por meio do triplex 164-A no Edifício Solaris, no Guarujá (SP), e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.

O Edifício Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi presidente da Bancoop.

A ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em 2017) assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu "uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico", atual Solaris, em abril de 2005.

Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa. Em 2015, Marisa Letícia pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento.

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