Doria diz que pode administrar SP sem estar fisicamente presente
Segundo o tucano, "só na cabeça de petistas e outros 'istas' é que isso não é possível"
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 14h50.
Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 15h17.
São Paulo - Criticado por ter feito várias viagens durante os seus primeiros oito meses de mandato, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 4, que é capaz de "administrar a cidade sem estar fisicamente presente". "É só na cabeça de petistas e outros 'istas' é que isso não é possível", declarou o tucano, ao participar de evento da revista EXAME, na capital paulista.
Doria, que acabou de voltar de uma viagem a Paris, destacou que sair de São Paulo não é justificativa de abandono, ainda mais com a ajuda da tecnologia, "em um mundo em que você está ligado 24 horas".
"Só na cabeça de quem pensa pequeno", afirmou o prefeito, que disse que não tem arrependimento de ter entrado para a vida pública.
Além disso, o prefeito voltou a subir o tom nas suas críticas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, para o tucano, "não gostam de trabalhar".
Doria chamou o ex-presidente de mentiroso e lembrou o episódio em que o petista disse que o prefeito nunca havia trabalhado e, em resposta, o tucano fez um vídeo mostrando a sua carteira de trabalho.
Embora dispute com o governador Geraldo Alckmin a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2018, Doria fez um comentário elogioso ao governador, ao dizer que Alckmin "vem empreendendo um bom trabalho nas desestatizações" no Estado de São Paulo.
Em seguida, o prefeito se orgulhou de não estar envolvido em investigações da Operação Lava Jato. "Não recebi dinheiro da JBS, financiei parte da minha campanha", ressaltou o tucano, que encerrou o seu discurso dizendo que rejeita a bandeira vermelha e embalado pelo tema da vitória.