Doria diz que crise política passa, "é circunstancial"
O prefeito de São Paulo afirmou que o Brasil tem "bases democráticas para superar o momento" de crise
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de outubro de 2017 às 17h07.
Brasília - Em almoço nesta terça-feira, 17, com deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o prefeito de São Paulo, João Doria , avaliou que a crise política é "circunstancial" e que o País tem bases democráticas para superar o momento. "A crise política passa, é circunstancial", afirmou em entrevista após o encontro.
Doria foi questionado sobre um possível desgaste para o PSDB com a permanência do senador Aécio Neves (MG) no cargo, e respondeu: "não acredito".
Segundo ele, se Aécio voltar ao Senado, reassumir o mandato, "isso se fará por lei". "O direito à defesa é inalienável", afirmou Doria ainda sobre Aécio.
Doria ouviu as demandas do setor agropecuário, mas evitou polêmicas, como a portaria do Ministério do Trabalho que flexibiliza as regras do combate ao trabalho escravo e a questão ambiental. Quando questionado sobre a portaria do Trabalho, ele deu a palavra ao deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que defendeu a mudança.
Sobre a questão ambiental, Doria disse que é preciso moderação. "O acirramento não é construtivo, é preciso equilíbrio. É preciso moderação para construirmos um novo País. O debate ideológico não é útil para o meio ambiente, para os moradores da região, para o setor produtivo", afirmou.
Questionado se estava vindo a Brasília para dar apoio ao presidente Michel Temer, às vésperas da votação da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República, ele evitou comentar o tema e confirmou apenas que recebeu um convite para jantar com o presidente Temer hoje.
Sobre o setor agropecuário, ele disse que o setor está muito "maduro" e ficou impressionado com a qualidade do debate travado com os deputados do setor.