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Doria defende privatizações e estuda pedágio urbano

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, João Doria defendeu privatizações e contou planos para adotar cobrança de pedágio nas ruas da cidade


	Trânsito: pré-candidato do PSDB quer privatizar faixas de ônibus e cobrar pedágio dentro da cidade
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Trânsito: pré-candidato do PSDB quer privatizar faixas de ônibus e cobrar pedágio dentro da cidade (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 12h32.

São Paulo - O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, fez nesta quarta-feira, 20, uma ampla defesa de propostas de transferência de bens públicos ao setor privado na capital paulista.

Ele pregou a concessão das faixas exclusivas de ônibus, de parques municipais e do complexo poliesportivo do Pacaembu e ainda a venda do autódromo de Interlagos ao setor privado.

Em sabatina realizada pelo Portal UOL, jornal Folha de S.Paulo e SBT, Doria disse ainda que estuda a possibilidade de implantar pedágio urbano no município, caso seja eleito.

De acordo com o pré-candidato, no caso das concessões das faixas exclusivas de ônibus, o setor privado seria remunerado pela publicidade obtida em aplicativos de celular que informariam o trajeto e os horários desses meios de transporte.

Doria defendeu ainda o uso das faixas por táxis, mesmo que a velocidade do transporte coletivo caia.

Já a concessão do estádio do Pacaembu seria para uso exclusivo de jogos de futebol, sem shows, portanto, e a do parque poliesportivo anexo teria necessariamente, na avaliação do pré-candidato, a gratuidade à população.

Nesse complexo e em parques municipais concedidos, Doria avalia que os recursos ao setor privado viriam do comércio e da publicidade nos locais.

O autódromo de Interlagos, no entanto, será vendido ao setor privado. "Não faz sentido o município ser dono de um autódromo. Vamos vender mesmo e vai representar R$ 5 bilhões de reais em recursos que vão para saúde, educação e habitação".

Ainda sobre a questão viária, Doria disse que assim que assumir o cargo, caso seja eleito, a velocidade máxima nas marginais Tietê e Pinheiros - reduzidas na gestão Haddad de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas, e de 70 km/h para 50 km/h nas locais - voltarão a ser como eram antes.

Doria defendeu projetos de Haddad, como fechamento da avenida Paulista aos domingos para veículos e as ciclovias, as quais serão revistas por ele nas periferias.

"Vamos rever onde as ciclovias não estão sendo utilizadas, como (na) periferia onde elas estão sobre as calçadas. A manutenção das ciclovias será passada ao setor privado", disse.

Doria defendeu ainda a convivência entre o Uber e os serviços de táxi na capital paulista e citou como exemplo a cidade de Nova York.

"Não é possível imaginar que não haja a possibilidade de convivência de ambos. Nova York é muito menor, tem cinco aplicativos e há convivência", afirmou o tucano, que considerou como "boa" a regulamentação feita por Haddad para o Uber, alfinetando, porém, o atual prefeito. "Solução foi tardia, mas boa. O Haddad é lento até quando acerta", provocou o tucano.

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