Brasil

Doria chama Lula de "sem-vergonha" e Matarazzo, "solitário"

Pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria voltou a chamar o ex-presidente Lula de "sem-vergonha" e disse que Andrea Matarazzo é "solitário"


	João Doria: "Lula é um sem-vergonha, um mentiroso e um covarde. Eu reafirmo e ele pode me interpelar de novo que eu respondo"
 (Raul Junior/EXAME.com)

João Doria: "Lula é um sem-vergonha, um mentiroso e um covarde. Eu reafirmo e ele pode me interpelar de novo que eu respondo" (Raul Junior/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 12h17.

Ribeirão Preto - O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo João Doria chamou novamente o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva de "sem-vergonha", "mentiroso" e "covarde".

Durante sabatina realizada nesta quarta-feira, 20, pelo Portal UOL, o jornal Folha de S. Paulo e o SBT, Doria disse que já foi interpelado judicialmente pelo ex-presidente pelos mesmos xingamentos e os reafirmou.

"Lula é um sem-vergonha, um mentiroso e um covarde. Eu reafirmo e ele pode me interpelar de novo que eu respondo", disse o pré-candidato.

O tucano atacou ainda o vereador Andrea Matarazzo, ex-adversário nas prévias do PSDB que migrou para o PSD para disputar as eleições a prefeito. Matarazzo acusou Doria de abuso de poder econômico na pré-campanha.

"Vindo de um Matarazzo, com uma tradição de milionários e bilionários, é no mínimo divertido. Primeiro precisa ver se ele vai ser candidato. Ele está sonhando bastante e está tão solitário que está comprando bilhete único", disse Doria, sem revelar quanto vai gastar na campanha eleitoral.

Doria negou que tenha sido ungido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) à candidatura a prefeito, a ser confirmada na convenção municipal de domingo, dia 24.

"Eu não fui ungido, fui votado, o PSDB fez prévias em dois turnos e venci os dois. Alckmin não impôs candidatura, isso era no passado. Ele sempre se colocou contrário à manifestação no passado feito em cima de uma mesa, com bom vinho se escolhia candidato", disse.

"Não houve compra de voto e infelizmente Andrea Matarazzo não soube perder."

O pré-candidato tucano negou ainda o loteamento do governo estadual por Alckmin para abrigar partidos que o apoiem durante a campanha a prefeito, considerou as coligações como legítimas e ainda avaliou que terá o apoio de todas as lideranças tucanas, exceto do ex-governador Alberto Goldman, seu desafeto.

Doria afirmou que o nome do candidato a vice-prefeito será anunciado até quinta-feira, 21, e que a tendência é que seja o de um político do PSDB, "numa demonstração que não fazemos negociações espúrias".

Ao contrário de Lula e Matarazzo, a quem fez críticas pessoais, Doria disse que o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não é uma pessoa ruim. No entanto, o tucano criticou a gestão do atual prefeito.

"Tenho relação republicana com Fernando Haddad e pessoalmente não acho ele uma pessoa ruim, mas como gestor ele é fraco", disse.

"Não vou ser prefeito de gabinete que fica enclausurado como o Haddad ficou", emendou Doria, ao justificar a série de visitas que já fez à periferia paulistana durante a pré-campanha.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasLuiz Inácio Lula da SilvaMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadoressao-paulo

Mais de Brasil

Com esquerda em peso e até bolsonarista, PSD oficializa candidatura de Paes sem definir vice

O que está em jogo é o futuro de SP, diz Boulos ao oficializar candidatura ao lado de Lula

Fuad e Kassab apostam em discurso moderado e feitos da gestão para reeleição em prefeitura BH

Detentos fazem rebelião e incendeiam presídio em Franco da Rocha, na Grande SP

Mais na Exame