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Doria apresenta plano de vacinação a prefeitos e mantém início em 25 de janeiro

A vacina desenvolvida pelo Butantan é a aposta do governo de SP e ainda não tem o aval da Anvisa para a imunização

Vacina da Sinovac (Nicolas Bock/Bloomberg)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 12h17.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 12h42.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou nesta quarta-feira, 6, o Plano Estadual de Imunização contra a covid-19 aos 645 prefeitos do estado. Ele se reuniu de forma virtual com 404 novos mandatários que assumiram no dia 1°, e outros 241 que foram reeleitos. Apesar de ainda não ter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na reunião o governador manteve a data de início da vacinação para o dia 25 de janeiro.

Representantes do Instituto Butantan, que desenvolve a vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac, se reúnem com o órgão regulador para apresentar os dados de eficácia da vacina nesta quarta-feira. Estas informações devem ser apresentadas em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 7.

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O Butantan tinha previsto divulgar estes dados no fim de dezembro, mas decidiu adiar a publicação, o que causou desconfiança da comunidade científica.

No fim de novembro, o teste da CoronaVac no Brasil atingiu o número mínimo de pessoas infectadas. Com isso, os estudos entraram na última fase de análise para verificar se ela realmente é eficaz contra o coronavírus. Um total de 13.000 voluntários participa do estudo.

O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, chegou a dizer que a eficácia tinha ficado entre 50% e 90%.

Segundo o plano estadual, a vacinação vai começar pelos idosos e profissionais de saúde. Esta primeira fase vai durar nove semanas, até o dia 28 de março. Serão vacinados 1,5 milhão de profissionais da saúde, e depois 7,5 milhões de pessoas acima de 60 anos.

Após os trabalhadores da saúde, o calendário vai começar pelos idosos com 75 anos ou mais. A vacina será em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas.

 

Quarentena no estado

No encontro, os secretários estaduais mostraram aos prefeitos como está a quarentena no estado e quais as regras que precisam ser seguidas. No fim do ano, muitos municípios decidiram não cumprir as normas mais rígidas impostas pelo estado.

As regras em todo o estado serão revistas na quinta-feira, 7, e há uma expectativa que muitas regiões tenham restrições maiores das atividades econômicas para conter o avanço da covid-19.

A maior parte do estado está na fase 3 amarela do Plano São Paulo, em que os estabelecimentos podem funcionar com apenas 40% da capacidade.

São Paulo tem um total de 1.486.551 casos confirmados de covid-19 e 47.222 mortes. A ocupação de leitos de UTI está em 62,5% em todo o estado, e 65,2% na Grande São Paulo.

 

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