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Vacinação de idosos de 72 a 74 anos em SP começa em 22 de março

Calendário com a previsão de imunização dos grupos prioritários foi divulgado nesta quarta pelo governo estadual

Vacinação de idosos de 72 a 74 anos: no estado de São Paulo são 730.000 pessoas nesse grupo (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Vacinação de idosos de 72 a 74 anos: no estado de São Paulo são 730.000 pessoas nesse grupo (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

AM

André Martins

Publicado em 10 de março de 2021 às 13h56.

Última atualização em 10 de março de 2021 às 14h10.

Com o aumento de casos, óbitos e internações por covid-19, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve anunciar novas medidas para conter a pandemia no estado em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 10, que começou logo após as 13 horas. Internamente, o governo chegou a discutir a possibilidade de determinar uma classificação mais restritiva do Plano São Paulo, chamada fase roxa. Doria anunciou o início da vacinação de idosos de 72 a 74 anos a partir de 22 de março, uma semana após o começo da imunização para quem tem 75 e 76 anos.

"Vamos utilizar o sistema drive-thru e as unidades de saúde estaduais e municipais. Pedimos que não se concentrem num único dia, em uma única manhã, se programem e façam seu cadastro no VacinaJá", disse o governador João Doria.

No estado de São Paulo, são 730.000 pessoas nesse grupo. A vacinação ocorrerá nos horários já usuais, das 8h às 17h. É recomendado que as famílias façam um cadastro no site do governo de São Paulo para encontrar os melhores locais de vacinação (acesse neste link).

(Youtube/Governo do estado de SP/Divulgação)

Aumento de leitos

Doria também anunciou 338 novos leitos para pacientes da doença, dos quais 167 são de UTI. Esse é o terceiro anúncio de ampliação em duas semanas, totalizando 1.118 novos leitos nas próximas semanas. "A gravidade dos novos casos exige mais tempo de internação. Isso sobrecarrega hospitais e limita a rotatividade de leitos hospitalares", completou o tucano.

"Infelizmente, infelizmente mesmo, estamos em uma situação de alerta máximo no caso de São Paulo, mas não é diferente na maioria dos estados", declarou. "Em São Paulo, vários hospitais estão lotados e números crescentes de infecção, internação e óbitos."

Na coletiva, o governador disse que a situação está à "beira de um colapso" e que São Paulo vai "evitar de qualquer maneira" que os profissionais de saúde tenham de escolher "quem deve viver e quem não deve". "É sabido que vários hospitais [paulistas] não têm mais vagas disponíveis, a pressão está crescendo de forma acelerada."

A discussão sobre uma etapa com mais restrições ocorre há algum tempo no Centro de Contingência do Coronavírus, como noticiou o Estadão em fevereiro, e se intensificou nesta semana.

Na terça-feira, 9, o estado registrou 517 mortes pelo novo coronavírus, o número mais alto desde o começo da pandemia. Até então, o recorde era do dia 2, com 468 óbitos. O número de casos também continua subindo, e é o mais alto deste ano, com registro de 16.058 infectados em 24 horas.

Como noticiou o Estadão, São Paulo tem 1.000 pacientes na fila de espera por internação (não foram especificados quantos são por UTI ou por leitos clínicos). Somente em março, pelo menos 26 pessoas morreram por covid-19 enquanto aguardavam transferência para um leito.

São Paulo tem 2.134.020 casos e 62.101 óbitos confirmados por covid-19 até agora. A taxa de ocupação é de 82% em UTI, média que é de 82,8% na Grande São Paulo. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no estado, enquanto é de 74,2% na região metropolitana da capital.

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