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Doleiro ataca Cunha e se diz intimidado por CPI da Petrobras

Alberto Youssef afirmou que está sendo intimidado pela CPI da Petrobras e apontou como responsável o presidente da Câmara

"Estou sendo intimidado pela CPI da Petrobras por um deputado pau mandado do seu Eduardo Cunha", disse Alberto Youssef (Rodolfo Buhrer/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 22h02.

São Paulo e Curitiba - O doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato , afirmou nesta quinta-feira, 16, em depoimento à Justiça Federal, em Curitiba, que está sendo intimidado pela CPI da Petrobras e apontou como responsável indireto o nome do presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Eu venho sofrente intimidação perante as minhas filhas, perante minha esposa, por uma CPI coordenada por alguns políticos e que inclusive o nome de um deles foi mencionado aqui por mim", afirmou Youssef.

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato - ele atacou Cunha e a CPI.

"Eu acho isso um absurdo, eu como réu colaborador quero deixar claro que eu estou sendo intimidado pela CPI da Petrobras por um deputado pau mandado do seu Eduardo Cunha."

Youssef foi o primeiro delator a apontar o nome do presidente da Câmara para beneficiário de propina paga pelo lobista Julio Camargo, como representante de estaleiros asiáticos em contratos na Diretoria de Internacional da Petrobras - área controlada pelo PMDB, segundo a Lava Jato.

Os dois contratos de navios-sonda, para exploração de petróleo, teria envolvido o pagamento de US$ 30 milhões em propina para a Diretoria de Internacional.

Segundo o esquema desbaratado pela Lava Jato, parte dos valores da corrupção ficavam com o agentes públicos indicados e operadores de propina, e outra parte iam para os políticos e partidos que davam sustentação ao esquema.

Nesta quinta-feira, pela primeira vez, Camargo confessou que foi pressionado pessoalmente por Cunha a pagar US$ 10 milhões em propinas atrasadas, em 2011, das quais US$ 5 milhões eram para o parlamentar.

Réus no mesmo processo sob a guarda do juiz federal Sérgio Moro, Youssef e Moro ligaram Cunha ao pagamento de propina nos contratos de dois navios-sonda fechado em 2006 e 2007, com o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró via Fernando Baiano - ambos ligados ao PMDB.

Youssef afirmou ao ser questionado por seu advogado de defesa afirmu que nunca usou nome de familiares em seus esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção.

"Nunca na minha vida utilizei nome da minha esposa, ex-esposa, das minhas filhas para que fizesse alguma operação ilítica."

A CPI investiga se Youssef usou familiares para ocultar valores não declarados à Justiça Federal em seu acordo de delação premiada. Nele, o doleiro aceitou devolver aos cofres públicos seu dinheiro ilícito.

O presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), negou qualquer intimidação.

"Não existe intimidação, mas sim uma investigação sendo feita com muita responsabilidade pela Câmara dos Deputados", afirmou o presidente da CPI.

"Youssef pelo seu histórico de bandido não tem moral para cobrar nada de ninguém, a CPI está fazendo o seu trabalho investigativo e nada nos tirará o foco."

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"Eu venho sofrente intimidação perante as minhas filhas, perante minha esposa, por uma CPI coordenada por alguns políticos e que inclusive o nome de um deles foi mencionado aqui por mim", afirmou Youssef.

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato - ele atacou Cunha e a CPI.

"Eu acho isso um absurdo, eu como réu colaborador quero deixar claro que eu estou sendo intimidado pela CPI da Petrobras por um deputado pau mandado do seu Eduardo Cunha."

Youssef foi o primeiro delator a apontar o nome do presidente da Câmara para beneficiário de propina paga pelo lobista Julio Camargo, como representante de estaleiros asiáticos em contratos na Diretoria de Internacional da Petrobras - área controlada pelo PMDB, segundo a Lava Jato.

Os dois contratos de navios-sonda, para exploração de petróleo, teria envolvido o pagamento de US$ 30 milhões em propina para a Diretoria de Internacional.

Segundo o esquema desbaratado pela Lava Jato, parte dos valores da corrupção ficavam com o agentes públicos indicados e operadores de propina, e outra parte iam para os políticos e partidos que davam sustentação ao esquema.

Nesta quinta-feira, pela primeira vez, Camargo confessou que foi pressionado pessoalmente por Cunha a pagar US$ 10 milhões em propinas atrasadas, em 2011, das quais US$ 5 milhões eram para o parlamentar.

Réus no mesmo processo sob a guarda do juiz federal Sérgio Moro, Youssef e Moro ligaram Cunha ao pagamento de propina nos contratos de dois navios-sonda fechado em 2006 e 2007, com o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró via Fernando Baiano - ambos ligados ao PMDB.

Youssef afirmou ao ser questionado por seu advogado de defesa afirmu que nunca usou nome de familiares em seus esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção.

"Nunca na minha vida utilizei nome da minha esposa, ex-esposa, das minhas filhas para que fizesse alguma operação ilítica."

A CPI investiga se Youssef usou familiares para ocultar valores não declarados à Justiça Federal em seu acordo de delação premiada. Nele, o doleiro aceitou devolver aos cofres públicos seu dinheiro ilícito.

O presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), negou qualquer intimidação.

"Não existe intimidação, mas sim uma investigação sendo feita com muita responsabilidade pela Câmara dos Deputados", afirmou o presidente da CPI.

"Youssef pelo seu histórico de bandido não tem moral para cobrar nada de ninguém, a CPI está fazendo o seu trabalho investigativo e nada nos tirará o foco."

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