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Dodge pediu prisão de aliados de Temer em inquérito dos portos

Segundo o MPF, a procuradora que solicitou o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão de José Yunes, Wagner Rossi e Antonio Grecco

Brasília - Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, durante cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Aeronáutico, em 23/10/2017 (José Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2018 às 10h49.

Brasília - O Ministério Público Federal informou que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge , pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão no inquérito dos Portos.

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 29, o empresário e advogado José Yunes, o presidente da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, e ainda o ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi. A ordem de prisão de José Yunes é temporária - por cinco dias.

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O coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima, também foi preso. Todos são aliados do presidente Michel Temer (MDB).

As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Instaurada em setembro do ano passado, a investigação apura suspeitas de irregularidades na edição de decreto relacionado ao funcionamento de portos.

O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos da investigação e está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. Em fevereiro, Barroso esticou o inquérito por 60 dias.

O Decreto dos Portos foi pivô de um diálogo no dia 4 de maio entre Temer e seu então assessor Rodrigo Rocha Loures, alvo do grampo da Polícia Federal. A interceptação ocorreu em meio ao processo de delação premiada de executivos do Grupo JBS, entre eles Joesley Batista.

José Yunes é amigo de Temer há mais de 50 anos e foi assessor do emedebista na Presidência. Wagner Rossi é pai do deputado Baleia Rossi. O ex-ministro foi citado na delação de executivos da J&F e da JBS.

A Polícia Federal informou que por determinação do STF "não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data".

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