Exame Logo

Docentes, pais e alunos são contra falta de repetência

Resistência ao modelo de progressão continuada foi medida em números, com 63% dos professores e 75% dos alunos contrários

Escola pública do Rio Grande do Sul: entre os pais, a rejeição ao programa sobe para 94% (Lailson Santos/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 21h08.

São Paulo - A resistência dentro das escolas ao modelo paulista de progressão continuada, em que não há chance de reprovação em todas as séries, foi medida em números: 63% dos professores e 75% dos alunos são contrários. Entre os pais, a rejeição sobe para 94%. Os dados são de uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em parceria com o Instituto Data Popular, divulgada nesta segunda-feira, 24.

O modelo estadual passou por mudanças neste ano. O ensino fundamental agora tem três ciclos e o aluno pode repetir ao fim de cada uma das etapas: 3.º, 6.º e 9.º anos. Até 2013 a reprovação só era prevista em dois momentos, no 5.º e no 9.º ano. A alteração foi anunciada pelo governo do Estado quatro meses depois de a Prefeitura de São Paulo ter ampliado a reprovação na rede municipal. No ensino médio , a reprovação é possível em todas as séries.

O principal argumento contra o sistema é a percepção de que os alunos passam de ano sem aprender a matéria - o que é admitido por 46% dos estudantes entrevistados na pesquisa. Outras justificativas são a baixa autoridade do professor sobre a classe e a falta de esforço dos alunos. A progressão continuada foi o 2.º maior problema das escolas na opinião dos docentes, atrás apenas da falta de segurança. A pesquisa ainda mostrou que 39% dos pais e 29% dos alunos acreditam que mais cursos e atividades extracurriculares são essenciais para melhorar a qualidade da escola. Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, porém, não adianta aumentar as chances de repetência sem qualificar o ensino. "Não é só reprovar ou aprovar. Junto das alterações, devemos ter um conjunto de medidas para ter desenvolvimento pleno do aluno", diz.

Modelo estadual.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado afirmou "que é equivocado dizer que há ausência de reprovação no sistema de progressão continuada da rede". Segundo a pasta, o modelo foi aperfeiçoado com maior chance de retenção para que "as defasagens de conhecimento sejam corrigidas mais prematuramente".

O texto diz ainda que "todos os alunos são constantemente avaliados, recebem boletins escolares bimestralmente e podem optar por três diferentes modalidades de recuperação". Além do novo modelo de escola de tempo integral, cursos técnicos e de idiomas, 300 mil alunos da rede desenvolvem alguma atividade extracurricular. Para a segurança, a escola tem apoio da polícia e capacita os educadores para ações preventivas.

Veja também

São Paulo - A resistência dentro das escolas ao modelo paulista de progressão continuada, em que não há chance de reprovação em todas as séries, foi medida em números: 63% dos professores e 75% dos alunos são contrários. Entre os pais, a rejeição sobe para 94%. Os dados são de uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em parceria com o Instituto Data Popular, divulgada nesta segunda-feira, 24.

O modelo estadual passou por mudanças neste ano. O ensino fundamental agora tem três ciclos e o aluno pode repetir ao fim de cada uma das etapas: 3.º, 6.º e 9.º anos. Até 2013 a reprovação só era prevista em dois momentos, no 5.º e no 9.º ano. A alteração foi anunciada pelo governo do Estado quatro meses depois de a Prefeitura de São Paulo ter ampliado a reprovação na rede municipal. No ensino médio , a reprovação é possível em todas as séries.

O principal argumento contra o sistema é a percepção de que os alunos passam de ano sem aprender a matéria - o que é admitido por 46% dos estudantes entrevistados na pesquisa. Outras justificativas são a baixa autoridade do professor sobre a classe e a falta de esforço dos alunos. A progressão continuada foi o 2.º maior problema das escolas na opinião dos docentes, atrás apenas da falta de segurança. A pesquisa ainda mostrou que 39% dos pais e 29% dos alunos acreditam que mais cursos e atividades extracurriculares são essenciais para melhorar a qualidade da escola. Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, porém, não adianta aumentar as chances de repetência sem qualificar o ensino. "Não é só reprovar ou aprovar. Junto das alterações, devemos ter um conjunto de medidas para ter desenvolvimento pleno do aluno", diz.

Modelo estadual.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado afirmou "que é equivocado dizer que há ausência de reprovação no sistema de progressão continuada da rede". Segundo a pasta, o modelo foi aperfeiçoado com maior chance de retenção para que "as defasagens de conhecimento sejam corrigidas mais prematuramente".

O texto diz ainda que "todos os alunos são constantemente avaliados, recebem boletins escolares bimestralmente e podem optar por três diferentes modalidades de recuperação". Além do novo modelo de escola de tempo integral, cursos técnicos e de idiomas, 300 mil alunos da rede desenvolvem alguma atividade extracurricular. Para a segurança, a escola tem apoio da polícia e capacita os educadores para ações preventivas.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEducação no BrasilEnsino públicoEscolas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame