Docentes farão protesto na casa de Doria no Dia do Professor
A categoria é contrária ao plano do tucano de expandir vagas apenas por meio de unidades conveniadas e não diretas, ou seja, construídas pela Prefeitura
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2016 às 10h56.
São Paulo - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já enfrenta resistência para as suas propostas na área da Educação e sofrerá no sábado, 15, o primeiro protesto de professores e o segundo desde que foi eleito - o primeiro, na quinta-feira da semana passada, 6, foi organizado por ciclistas.
A categoria é contrária ao plano do tucano de expandir vagas apenas por meio de unidades conveniadas e não diretas, ou seja, construídas pela Prefeitura.
Aprovados em um concurso do ano passado para a educação infantil, professores temem não ser chamados para assumir o cargo, pois a ampliação de vagas deve ocorrer apenas na rede conveniada.
O edital previa o preenchimento de ao menos 600 postos, mas, com a promessa de aumento de vagas nessa etapa de ensino, muitos candidatos acreditaram que o número de convocados seria bem maior.
A gestão de Fernando Haddad (PT) convocou, no início de agosto, 1.249 candidatos aprovados - no entanto, em julho, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a rede municipal tinha um déficit de professores efetivos, ou seja, concursados, de 1,3 mil na educação infantil.
"A expectativa é de que fossem chamar muito mais professores, muita gente apostou nesse concurso e se frustrou. É triste porque são pessoas preparadas, com vontade de trabalhar, e vão ficar de fora", disse uma professora de 28 anos que pediu para não ser identificada.
Ela e outros cerca de cem candidatos organizam um ato no sábado, Dia do Professor, na frente da casa de Doria para que ele considere a abertura de novas creches diretas e a convocação de mais docentes.
Ela também disse que os professores se preocupam com a expansão das vagas apenas na rede credenciada por conta da qualidade da educação oferecida às crianças.
"Normalmente, essas creches são menores, menos equipadas, os professores trabalham mais horas. É ruim para as famílias a expansão dessa forma."
Doria já anunciou que quer fazer parcerias com empresas para a abertura de creches em estações de metrô e terminais de ônibus. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos e o Metrô informaram que "estão à disposição" do prefeito eleito para discutir a questão.
Qualidade
Para Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação (Cenpec), para solucionar e zerar a fila de espera por creche, a futura gestão não pode negligenciar a qualidade da educação ofertada.
"Educação infantil é mais sério do que muita gente pensa, tem de garantir que as crianças tenham professores preparados e espaço adequado para a brincadeira e a aprendizagem."
Segundo Anna Helena, a instalação de creches em estações de Metrô deve ser bem avaliada porque as crianças dessa faixa etária precisam de ambientes externos e amplos para brincar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já enfrenta resistência para as suas propostas na área da Educação e sofrerá no sábado, 15, o primeiro protesto de professores e o segundo desde que foi eleito - o primeiro, na quinta-feira da semana passada, 6, foi organizado por ciclistas.
A categoria é contrária ao plano do tucano de expandir vagas apenas por meio de unidades conveniadas e não diretas, ou seja, construídas pela Prefeitura.
Aprovados em um concurso do ano passado para a educação infantil, professores temem não ser chamados para assumir o cargo, pois a ampliação de vagas deve ocorrer apenas na rede conveniada.
O edital previa o preenchimento de ao menos 600 postos, mas, com a promessa de aumento de vagas nessa etapa de ensino, muitos candidatos acreditaram que o número de convocados seria bem maior.
A gestão de Fernando Haddad (PT) convocou, no início de agosto, 1.249 candidatos aprovados - no entanto, em julho, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a rede municipal tinha um déficit de professores efetivos, ou seja, concursados, de 1,3 mil na educação infantil.
"A expectativa é de que fossem chamar muito mais professores, muita gente apostou nesse concurso e se frustrou. É triste porque são pessoas preparadas, com vontade de trabalhar, e vão ficar de fora", disse uma professora de 28 anos que pediu para não ser identificada.
Ela e outros cerca de cem candidatos organizam um ato no sábado, Dia do Professor, na frente da casa de Doria para que ele considere a abertura de novas creches diretas e a convocação de mais docentes.
Ela também disse que os professores se preocupam com a expansão das vagas apenas na rede credenciada por conta da qualidade da educação oferecida às crianças.
"Normalmente, essas creches são menores, menos equipadas, os professores trabalham mais horas. É ruim para as famílias a expansão dessa forma."
Doria já anunciou que quer fazer parcerias com empresas para a abertura de creches em estações de metrô e terminais de ônibus. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos e o Metrô informaram que "estão à disposição" do prefeito eleito para discutir a questão.
Qualidade
Para Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação (Cenpec), para solucionar e zerar a fila de espera por creche, a futura gestão não pode negligenciar a qualidade da educação ofertada.
"Educação infantil é mais sério do que muita gente pensa, tem de garantir que as crianças tenham professores preparados e espaço adequado para a brincadeira e a aprendizagem."
Segundo Anna Helena, a instalação de creches em estações de Metrô deve ser bem avaliada porque as crianças dessa faixa etária precisam de ambientes externos e amplos para brincar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.