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Do jeito que está, Brasil vira "casa da mãe Joana", diz Jucá

"Vamos aumentar emprego dando ao país legitimidade, previsibilidade, segurança jurídica", disse o senador durante sessão para votar a PEC do teto

Jucá: o senador ainda ressaltou que a regra da PEC traz mais recursos para educação e saúde no curto prazo (Moreira Mariz/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 22h09.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 22h15.

Brasília - O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira, 29, que a crise vivida atualmente pelo País foi provocada pelo governo anterior, que aumentou as despesas públicas em ritmo acima do crescimento da economia brasileira. Do jeito que está, disse Jucá, o Brasil vira "casa da mãe Joana".

"Vamos aumentar emprego dando ao País legitimidade, previsibilidade, segurança jurídica. Não haverá emprego aqui virando a casa da mãe Joana", afirmou o senador, 22º a falar na tribuna.

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"Nesse quadro (fiscal), quem for emprestar ao Brasil não vai querer juro de 14%, mas sim de 20%, 30%. Esse modelo não se sustenta", emendou o líder.

O peemedebista ainda lembrou que outros países, como Itália e Grécia, precisaram cortar os valores nominais de aposentadorias depois de terem atingido o colapso fiscal - o que pode ser o destino do Brasil sem a aprovação do teto, argumentou o senador.

Jucá ainda ressaltou que a regra da PEC traz mais recursos para educação e saúde no curto prazo. O líder também classificou de "visão equivocada" dizer que o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff agravou a crise.

Do mesmo partido de Jucá, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) criticou a atuação da oposição contra a PEC.

"Qual é a alternativa que eles, no governo, teriam num momento como esse?", indagou.

O senador relembrou que a oposição passou pelo governo. "Digo, nós passamos pelo governo", afirmou ao lembrar que, como parlamentar do PMDB e ministro, ele também integrou a gestão do PT.

O senador afirmou que, naquela época, não houve outras alternativas, que não as já apresentadas pela oposição, mas que não foram levadas a efeito pelo próprio governo petista.

"É muito fácil falar. É muito fácil fazer oposição. Mas temos o dever de, sendo governo, cobrar da oposição as alternativas."

A senadora Ana Amélia (PP-RS) também discursou a favor da PEC.

"Fala-se muito que a Educação será a maior prejudicada com o corte de gastos, mas o governo passado prometeu uma Pátria Educadora que virou uma fumaça de promessa, com cortes nos recursos da área", afirmou.

A senadora criticou o vandalismo praticado por uma parcela dos manifestantes hoje na Esplanada dos Ministérios, com a destruição de diversos monumentos e prédios públicos. "Não foi uma manifestação, foi um grande 'badernaço'", classificou.

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