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Dívida tucana será coberta com donativos, diz Gregori

O ex-ministro disse que há doações que foram feitas em parcelas e que ainda entrarão no caixa do PSDB em dezembro


	Aécio: com encerramento de contas das eleições, saldo devedor de cerca de R$ 15 mi é do PSDB
 (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil)

Aécio: com encerramento de contas das eleições, saldo devedor de cerca de R$ 15 mi é do PSDB (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 14h46.

São Paulo - O ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso José Gregori, que foi o coordenador financeiro da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, disse nesta quarta-feira, 26, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a dívida da campanha tucana será coberta por meio de donativos prometidos e, provavelmente, por campanhas de arrecadação a serem promovidas pelo PSDB.

O saldo devedor de cerca de R$ 15 milhões passa a ser do PSDB com o encerramento das contas do período eleitoral.

O ex-ministro disse que há doações que foram feitas em parcelas e que ainda entrarão no caixa do PSDB em dezembro.

Ele não revelou a quantia e preferiu também não falar em um prazo para o partido quitar a dívida.

Segundo Gregori, são três os credores significativos do passivo de campanha: duas gráficas e uma empresa de publicidade.

"No nosso caso, o que facilita é que são poucos os credores. São firmas conhecidas que já ao longo do tempo trabalham com o PSDB e sabem que nós não vamos dar o calote em ninguém", disse o tucano.

O ex-ministro minimizou a questão de ter ficado um déficit nas contas da campanha e avaliou que uma futura reforma política pode melhorar o sistema.

"É da dinâmica da campanha eleitoral você ter dificuldades, por esse sistema que eu acho nos vamos aperfeiçoar e vamos chegar um dia, não sei se para meus dias ou dos meus filhos ou netos, em que as campanhas custem apenas uma pequena contribuição que cada correligionário possa dar."

José Gregori compareceu à missa de sétimo dia do também ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de quem foi veterano na faculdade de Direito da USP.

Apesar de Thomaz Bastos ter sido ministro do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, Gregori ressaltou que ele não era apenas ligado ao PT.

"O Márcio realmente não era homem de um partido só, de uma amizade só, de uma atividade só, de um objetivo só. Ele era múltiplo. Portanto foi uma perda sentida não só pelos que eram próximos dele politicamente, como por aqueles que estiveram perto dele ao longo da vida."

Berlinda

Gregori afirmou que neste momento de denúncias envolvendo a Petrobras, na Operação Lava Jato, o governo e pessoas de empreiteiras que estiverem "na berlinda" sentirão falta da orientação qualificada de Thomaz Bastos.

A missa, realizada no início da tarde desta quarta-feira em uma igreja da capital, reúne personalidades do mundo jurídico, especialmente advogados, além de políticos. Está presente também o ex-prefeito Paulo Maluf, que não falou com a imprensa.

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