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Diretoria do PT era responsável por corrupção, diz delator

O executivo Augusto Mendonça Neto indicou Costa, Duque e Barusco como responsáveis pelo esquema


	Augusto Mendonça Neto, da Setal: ele negou que a corrupção fosse generalizada em toda a Petrobras
 (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

Augusto Mendonça Neto, da Setal: ele negou que a corrupção fosse generalizada em toda a Petrobras (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 12h29.

Brasília - O executivo Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, disse em depoimento à CPI da Petrobras na manhã desta quinta-feira, 23, que foi apresentado ao ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, por meio do ex-deputado José Janene (PP).

Ele apontou Costa, o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-gerente da área Pedro Barusco como responsáveis pelo esquema de corrupção na estatal.

Duque, indicado pelo PT para o cargo, é alvo da investigação por suspeita de corrupção passiva, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Barusco era seu braço direito.

"São as pessoas que eu sei que estavam envolvidas e que faziam a relação com os empresários", afirmou. Ele afirmou que Janene o apresentou a Costa "exigindo pagamento de comissão".

"O único contato com corrupção foi através destas pessoas. Antes disso, nunca soube de nada", declarou.

Janene, réu do mensalão e que morreu em 2010, foi responsável pela indicação de Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal, em 2004.

Ao comentar o depoimento de Barusco à CPI, Mendonça concordou que a corrupção era generalizada, mas só dentro da Diretoria de Serviços.

"Ele tem razão em um sentido, de fato, dentro da Diretoria de Serviços (a corrupção) era generalizada. Eles queriam aplicar em todos os contratos", enfatizou.

Ele negou que a corrupção fosse generalizada em toda a Petrobras.

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