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Diretor da CBF ganhou propina para apoiar Itaquerão, diz delação

Informação sobre propina consta de três delações da Odebrecht

Itaquerão: Vicente Cândido, do PT, teria recebido R$ 50 mil para apoiar financiamento (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2017 às 08h54.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 15h45.

Três delatores da Odebrecht afirmaram à Operação Lava Jato que pagaram R$ 50 mil de propinas para o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) para obter apoio em financiamento da obra do estádio do Corinthians.

O parlamentar, que também é diretor de Assuntos Internacionais da CBF, é alvo de um inquérito aberto com autorização do Supremo Tribunal Federal ( STF ), após a mega delação do grupo Odebrecht.

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"Consoante relato do Ministério Público, narra um dos colaboradores que, no ano de 2010, a pretexto de auxílio à campanha eleitoral para o cargo de deputado federal, Vicente Cândido da Silva solicitou e recebeu vantagem indevida, consistente em R$ 50 mil", registra autorização do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, no STF, para abertura do inquérito 4448.

"Valor repassado pelo grupo Odebrecht que teria interesse no apoio do parlamentar na busca de solução para o financiamento do Estádio do Corinthians."

O nome de Cândido e o episódio da obra do Itaquerão foram citados nas delações de Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior - dois deles, já presos e soltos pela Operação Lava Jato, em Curitiba.

"Afirmou-se, ainda, que o beneficiário fora identificado no sistema 'Drousys' com o apelido de 'Palmas', sendo os fatos corroborados pelos demais colaboradores."

O sistema Drousys era a rede de intranet segura usada pelos funcionários do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - chamado pela Lava Jato de "departamento da propina" - e pelos altos executivos do grupo.

Por ele, eram feitos os pedidos de pagamentos de propinas e caixa 2 e também autorizados e ordenados os repasses.

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