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Direção do IBGE receberá servidores que ameaçam greve

Segundo sindicato, servidores aguardam posicionamento sobre adiamento da divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)

Trabalhador do Censo, do IBGE: reunião entre a direção e os servidores está marcada para 11 horas desta terça-feira (Divulgação/IBGE)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 16h35.

Rio - A direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) concordou em receber nesta terça-feira, 29 representantes da Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN).

Segundo o sindicato, os servidores aguardam um posicionamento da direção do IBGE sobre o adiamento da divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que mostra a taxa de desemprego em todo o Brasil.

Se não houver avanço nas negociações, o atual estado de greve sinaliza para uma paralisação geral a partir da reunião da Direção Nacional plena da ASSIBGE-SN, marcada para o próximo dia 15 de maio.

A reunião entre a direção e os servidores está marcada para 11 horas desta terça-feira. Nas assembleias da semana passada, funcionários já tinham acertado para amanhã uma interrupção temporária dos trabalhos nas filias de São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro. Outras filiais realizam assembleias ao longo dessa semana.

A crise institucional começou no último dia 10 de abril, quando a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, anunciou a suspensão do calendário de divulgações da PNAD Contínua até janeiro do ano que vem.

O argumento era a necessidade de aprimorar o cálculo da renda domiciliar per capita para atender a exigências da lei complementar que determina o indicador como base para o rateio do Fundo de Participação dos estados.

No entanto, como a decisão foi motivada por pedidos de senadores, houve suspeitas de ingerência externa no órgão. A crise motivou o pedido de desoneração de duas diretoras e 18 coordenadores também ameaçaram uma entrega coletiva de cargos.


A polêmica ganhou combustível na semana passada, quando servidores aprovaram em assembleia um indicativo de greve em cinco Estados: Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Maranhão e Rio de Janeiro.

Os trabalhadores reivindicam que a direção do órgão reveja imediatamente a decisão de suspender as próximas divulgações da PNAD Contínua.

Mas também constam na lista de reivindicações a realização de concursos públicos, valorização salarial, recomposição do orçamento do instituto e garantia de autonomia técnica no órgão.

Segundo Ana Magni, diretora do ASSIBGE-SN, os funcionários podem paralisar os trabalhos a qualquer momento.

A greve só não foi decretada imediatamente para não correr o risco de atrapalhar os técnicos que tentam assegurar a divulgação da pesquisa prevista para junho.

Em 2012, uma greve de servidores do IBGE prejudicou por alguns meses a divulgação da taxa de desemprego divulgada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange as seis principais regiões metropolitanas do país.

A apuração dos dados de Salvador e Rio de Janeiro não ficou pronta a tempo de cumprir o calendário da pesquisa, por conta da paralisação dos trabalhos.

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Rio - A direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) concordou em receber nesta terça-feira, 29 representantes da Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN).

Segundo o sindicato, os servidores aguardam um posicionamento da direção do IBGE sobre o adiamento da divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que mostra a taxa de desemprego em todo o Brasil.

Se não houver avanço nas negociações, o atual estado de greve sinaliza para uma paralisação geral a partir da reunião da Direção Nacional plena da ASSIBGE-SN, marcada para o próximo dia 15 de maio.

A reunião entre a direção e os servidores está marcada para 11 horas desta terça-feira. Nas assembleias da semana passada, funcionários já tinham acertado para amanhã uma interrupção temporária dos trabalhos nas filias de São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro. Outras filiais realizam assembleias ao longo dessa semana.

A crise institucional começou no último dia 10 de abril, quando a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, anunciou a suspensão do calendário de divulgações da PNAD Contínua até janeiro do ano que vem.

O argumento era a necessidade de aprimorar o cálculo da renda domiciliar per capita para atender a exigências da lei complementar que determina o indicador como base para o rateio do Fundo de Participação dos estados.

No entanto, como a decisão foi motivada por pedidos de senadores, houve suspeitas de ingerência externa no órgão. A crise motivou o pedido de desoneração de duas diretoras e 18 coordenadores também ameaçaram uma entrega coletiva de cargos.


A polêmica ganhou combustível na semana passada, quando servidores aprovaram em assembleia um indicativo de greve em cinco Estados: Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Maranhão e Rio de Janeiro.

Os trabalhadores reivindicam que a direção do órgão reveja imediatamente a decisão de suspender as próximas divulgações da PNAD Contínua.

Mas também constam na lista de reivindicações a realização de concursos públicos, valorização salarial, recomposição do orçamento do instituto e garantia de autonomia técnica no órgão.

Segundo Ana Magni, diretora do ASSIBGE-SN, os funcionários podem paralisar os trabalhos a qualquer momento.

A greve só não foi decretada imediatamente para não correr o risco de atrapalhar os técnicos que tentam assegurar a divulgação da pesquisa prevista para junho.

Em 2012, uma greve de servidores do IBGE prejudicou por alguns meses a divulgação da taxa de desemprego divulgada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange as seis principais regiões metropolitanas do país.

A apuração dos dados de Salvador e Rio de Janeiro não ficou pronta a tempo de cumprir o calendário da pesquisa, por conta da paralisação dos trabalhos.

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