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Dirceu nega relação com esquema de corrupção na Petrobras

Justiça do Paraná determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-ministro no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Antonio Cruz/ABr)

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Antonio Cruz/ABr)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 13h29.

São Paulo – O ex-ministro José Dirceu se pronunciou em nota a respeito da determinação de quebra de seu sigilo bancário e fiscal, e disse que os contratos de sua empresa não se relacionam com o esquema investigado na Operação Lava Jato

A quebra de sigilo foi determinada pela Justiça do Paraná no âmbito das investigações da Lava Jato, operação que apura esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

Segundo reportagem veiculada na noite de ontem pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o Ministério Público Federal vê indícios de recebimento de propina pela JDA, empresa de Dirceu e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.

O comunicado divulgado pelo ex-ministro afirma que a JDA “prestou consultoria às empresas UTC, OAS e Galvão Engenharia, conforme contratos, para atuação em mercados externos, sobretudo na América Latina e Europa.”

As três construtoras são investigadas sob suspeita de formação de cartel e pagamento de propina a funcionários da Petrobras.

O comunicado de Dirceu diz que a relação de sua empresa com as construtoras “não guarda qualquer relação com contratos na Petrobras sob investigação na Operação Lava Jato”. O ex-ministro se colocou à disposição para dar esclarecimentos à Justiça.

Segundo o Jornal Nacional, a JDA teria recebido R$ 3,7 milhões das construtoras Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, entre 2003 e 2009.

Ainda de acordo com a reportagem, a quebra do sigilo visa saber se os pagamentos à empresa de consultoria foram propinas, assim como os realizados para empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, também preso na operação.

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