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Dirceu diz que urnas confirmam força do PT e de Lula

Em seu blog, o acusado do mensalão disse que a ida do candidato petista Fernando Haddad para o segundo turno, em São Paulo, é uma vitória política "extraordinária"

José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil: ele é um dos réus do mensalão (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 06h29.

Campinas - O ex-ministro José Dirceu afirmou nesta segunda-feira, 8, que o resultado das urnas "confirmaram a força político-eleitoral" do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu blog, o principal acusado do mensalão disse que a ida do candidato petista Fernando Haddad para o segundo turno, em São Paulo, é uma vitória política "extraordinária" para o partido e que a disputa na segunda fase em Campinas (SP), com o petista Márcio Pochmann, "tem sabor de desforra".

Dirceu ainda analisou em seis artigos publicados em seu blog hoje sobre as eleições municipais, os números de candidatos eleitos por partidos, apontou derrotas do PSDB e do DEM e listou os locais onde a disputa ainda continua até o dia 28.

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"A vitória do nosso candidato a prefeito, Fernando Haddad (PT e partidos aliados) ao passar para o segundo turno é extraordinária, dentre outras razões políticas, porque confirma a força do PT na capital e no Estado e a liderança do ex-presidente Lula", escreveu Dirceu.

Hoje, com a retomada do seu julgamento no mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Dirceu deve permanecer em sua casa em Vinhedo, no interior de São Paulo, depois de ir para a capital no domingo para votar.

"É uma vitória excepcional porque em São Paulo lutamos contra duas máquinas, a da prefeitura da capital e a do governo do Estado", disse o ex-ministro. No Estado todo, ele classificou como "incontestável" a vitória do PT e aliados. "Elegemos ontem prefeitos em nada menos que 3 municípios, candidatos próprios em praticamente 10% dos 645 municípios do Estado."

O ex-ministro afirma ainda que a ida do candidato do PT para o segundo turno em Campinas tem "sabor de desforra". Pochmann foi indicado pelo ex-presidente Lula para a disputa por ser alguém que estava fora da cidade, quando o partido se envolveu no maior escândalo de corrupção da prefeitura, durante o governo Hélio de Oliveira Santos (PDT), em 011 - quando uma megaoperação do Ministério Público levou 11 pessoas para a cadeia por corrupção e desvios de recursos.

O vice-prefeito Demétrio Villagra, do PT, foi um dos detidos e alvo de processo na Justiça. Após a cassação de Dr. Hélio, em agosto de 2011, assumiu a prefeitura, mas também acabou cassado em dezembro pela Câmara de Vereadores.

Nas urnas, Pochmann levou a disputa para o segundo turno com 28% dos votos válidos, contra 49% do líder Jonas Donizette (PSB) - mesmo tendo que responder aos ataques sobre o mensalão e o escândalo de corrupção na prefeitura.

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