Dirceu: ele cumpre desde novembro uma pena de 7 anos e 11 meses (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 11h06.
Brasília - O ex-ministro José Dirceu deixou nesta quinta-feira, 3, o Centro de Progressão Penitenciária (CCP) para trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília.
Condenado por participação no mensalão, Dirceu cumpre desde novembro uma pena de 7 anos e 11 meses de prisão no regime semiaberto.
O ex-ministro trabalhará das 9h às 18h em atividades diversas no escritório. Receberá salário mensal de R$ 2,1 mil e não poderá advogar. No horário de almoço, poderá se deslocar até 100 metros para fazer as refeições. Para chegar ao trabalho, poderá usar transporte público ou particular.
Regras
Grossi esteve na Vara de Execuções Penais para se informar sobre regras do trabalho externo. O preso deve executar apenas atividades internas e fica sob fiscalização direta do empregador.
Este tem de informar ao juiz de Execuções Penais faltas e afastamentos e, todo mês, encaminhar ao CPP comprovante de frequência.
Semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o trabalho externo de Dirceu e derrubou decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que havia negado o pedido, sob o argumento de que o ex-ministro não cumpriu um sexto da pena.
Após anunciar aposentadoria, em maio, Barbosa deixou a relatoria do mensalão.
Nessa quarta, o ex-ministro foi transferido do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, para o Centro de Progressão Penitenciária, estabelecimento que abriga presos autorizados pela Justiça a trabalhar fora da cadeia.
Também foram levados ao CPP o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que vai trabalhar na CUT, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), que dará expediente num restaurante.