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Dirceu acompanha julgamento do mensalão em Vinhedo

Desde que foi cassado, após o escândalo, o ex-ministro passou a se dedicar ao trabalho de consultor

Ex-ministro José Dirceu: sete anos após o caso, ele carrega o peso do julgamento popular e mantém uma rotina de reclusão quando está na cidade (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 21h47.

Vinhedo - Considerado na denúncia como o "chefe da organização criminosa" responsável pelo Mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está em sua casa em Vinhedo (SP), onde deve acompanhar pela televisão nesta quinta o início do julgamento do processo, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde que foi cassado, após o escândalo, e passou a se dedicar ao trabalho de consultor, ele tem visitado frequentemente a sua casa no interior paulista.

Sete anos após o caso, ele carrega o peso do julgamento popular e mantém uma rotina de reclusão quando está na cidade. Quase nunca é visto. Não frequenta os restaurantes, nem os ambientes sociais da cidade de 63 mil habitantes, ao lado de Campinas. Só um grupo seleto de amigos e antigos companheiros de partido frequentam a casa, quando ele está por lá.

O imóvel, de dois andares, no condomínio Santa Fé, de classe média alta, não ostenta luxo e tem estilo rústico, com paredes amarelas. Um morador do condomínio, que pediu para não ser identificado, disse que mora no local há mais de 15 anos e que nunca viu Dirceu circulando pelo local.

O imóvel fica no alto de um morro, já quase na divisa com Itatiba. Um petista local que já esteve na casa afirmou que Dirceu deve acompanhar o início do julgamento acompanhado de um de seus advogados. No mesmo condomínio, que fica já em uma das saídas da cidade, quem também tem uma casa onde passa finais de semana é o atual presidente nacional do PT, Rui Falcão. Moradores disseram também quase não ver o petista no local.


A casa de Dirceu, em Vinhedo, chegou a ser assaltada em 2005, bem no auge da crise do mensalão, quando seu mandato como deputado federal pelo PT ainda não havia sido cassado. Não havia ninguém no imóvel, que foi invadido por dois assaltantes que arrombaram uma das janelas. Para a Polícia Civil, vizinhos afirmaram não ter visto qualquer movimento.

Na época, o delegado Álvaro Santucci Júnior informou que os ladrões teriam levado uma televisão de plasma, charutos e guloseimas. Num dos quartos, eles teriam deixados restos de charutos.

Um funcionário do condomínio foi responsável por registrar a ocorrência, porque a casa estava vazia.

Dirceu foi denunciado como o cabeça do esquema, coordenado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo ex-presidente do partido José Genoino, de montar um caixa 2 para o financiamento de partidos e parlamentares que se coligaram com os petistas nas eleições de 2002 e 2004. Ele responde por corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha.

Gushiken

O ex-secretário de Comunicação do governo Lula Luiz Gushiken também mora na região de Campinas. Recolhido em sua residência em Indaiatuba, onde passa por tratamento contra um câncer, foi um dos acusados do mensalão. No ano passado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apontou a inocência de Gushiken no episódio. Segundo ele, "não há elementos, sequer indiciários, que justificassem a sua condenação".

O advogado de Gushiken, José Roberto Carvalho, explicou que o ex-ministro vive recolhido e que só sai de casa a cada 15 dias para as sessões de tratamento, em São Paulo.

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Vinhedo - Considerado na denúncia como o "chefe da organização criminosa" responsável pelo Mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está em sua casa em Vinhedo (SP), onde deve acompanhar pela televisão nesta quinta o início do julgamento do processo, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde que foi cassado, após o escândalo, e passou a se dedicar ao trabalho de consultor, ele tem visitado frequentemente a sua casa no interior paulista.

Sete anos após o caso, ele carrega o peso do julgamento popular e mantém uma rotina de reclusão quando está na cidade. Quase nunca é visto. Não frequenta os restaurantes, nem os ambientes sociais da cidade de 63 mil habitantes, ao lado de Campinas. Só um grupo seleto de amigos e antigos companheiros de partido frequentam a casa, quando ele está por lá.

O imóvel, de dois andares, no condomínio Santa Fé, de classe média alta, não ostenta luxo e tem estilo rústico, com paredes amarelas. Um morador do condomínio, que pediu para não ser identificado, disse que mora no local há mais de 15 anos e que nunca viu Dirceu circulando pelo local.

O imóvel fica no alto de um morro, já quase na divisa com Itatiba. Um petista local que já esteve na casa afirmou que Dirceu deve acompanhar o início do julgamento acompanhado de um de seus advogados. No mesmo condomínio, que fica já em uma das saídas da cidade, quem também tem uma casa onde passa finais de semana é o atual presidente nacional do PT, Rui Falcão. Moradores disseram também quase não ver o petista no local.


A casa de Dirceu, em Vinhedo, chegou a ser assaltada em 2005, bem no auge da crise do mensalão, quando seu mandato como deputado federal pelo PT ainda não havia sido cassado. Não havia ninguém no imóvel, que foi invadido por dois assaltantes que arrombaram uma das janelas. Para a Polícia Civil, vizinhos afirmaram não ter visto qualquer movimento.

Na época, o delegado Álvaro Santucci Júnior informou que os ladrões teriam levado uma televisão de plasma, charutos e guloseimas. Num dos quartos, eles teriam deixados restos de charutos.

Um funcionário do condomínio foi responsável por registrar a ocorrência, porque a casa estava vazia.

Dirceu foi denunciado como o cabeça do esquema, coordenado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo ex-presidente do partido José Genoino, de montar um caixa 2 para o financiamento de partidos e parlamentares que se coligaram com os petistas nas eleições de 2002 e 2004. Ele responde por corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha.

Gushiken

O ex-secretário de Comunicação do governo Lula Luiz Gushiken também mora na região de Campinas. Recolhido em sua residência em Indaiatuba, onde passa por tratamento contra um câncer, foi um dos acusados do mensalão. No ano passado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apontou a inocência de Gushiken no episódio. Segundo ele, "não há elementos, sequer indiciários, que justificassem a sua condenação".

O advogado de Gushiken, José Roberto Carvalho, explicou que o ex-ministro vive recolhido e que só sai de casa a cada 15 dias para as sessões de tratamento, em São Paulo.

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